Escritos Divinos

Ensinamento do dia

O VALOR DO SER HUMANO ESTÁ NO SENSO DE JUSTIÇA E DE RETIDÃO (Segunda parte)

Em uma época em que eu passava por severas dificuldades financeiras, fui perseguido por pessoas que se aproveitaram de seu dinheiro e posição. Todavia, com o decorrer do tempo, fui favorecido pelas circunstâncias, e elas tiveram de desistir.

Darei um exemplo. Quando eu era comerciante de miudezas, criei um novo produto cuja patente foi registrada em dez países com extraordinária aceitação, o que me propiciou um contrato especial com a renomada Loja Mitsukoshi.

Como o produto estava na moda, recebi uma proposta descabida da associação de varejistas de miudezas de Tóquio, pedindo que lhe vendesse uma das duas exclusividades destinadas à Mitsukoshi.

Visto que rejeitei a oferta considerando-a uma afronta à Mitsukoshi, a associação tentou boicotar-me, reunindo todas as lojas do gênero da cidade, para obrigar-me a ceder. Dois anos de resistência me acarretaram considerável prejuízo, mas a associação deu-se por vencida e entramos em acordo.

Na época em que eu era empresário, ou seja, antes de me tornar religioso, fui enganado por muitas pessoas más e vivi amargas experiências. Por felicidade, nasci com um senso de justiça e de retidão mais forte que a maioria e, por isso, enfrentava tudo, sem levar em conta as vantagens e as desvantagens.

O esforço empreendido na defesa da justiça acarretou-me muitos transtornos que, felizmente, foram passageiros. Com o tempo, a situação melhorava e, por fim, a outra parte acabava desistindo.

O resultado é que eu revertia a situação inicial e até obtinha vantagens ainda maiores. Por eu ser assim, sempre me via envolvido em processos judiciais, e um deles vem-se prolongando até os dias de hoje.

Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 1

Publicado em 10 de outubro de 1951

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