O QUE É A MORTE? (Segunda e última parte)
A esse respeito li, há algum tempo, o relato de uma experiência vivida no Ocidente. Como se trata de um exemplo bem ilustrativo, vou reproduzi-lo a seguir.
Certa vez, fitando um doente prestes a morrer, uma enfermeira observou que, de sua testa, começou a subir uma fumaça esbranquiçada como se fosse vapor d'água, a qual se tornava cada vez mais densa. A princípio, essa fumaça tomou o formato de uma esfera no espaço, mas gradualmente foi adquirindo a forma de um corpo humano; por fim, assumiu as mesmas características físicas da pessoa em vida.
O espírito permanecia a uma distância de aproximadamente um metro acima do corpo e parecia querer dizer alguma coisa aos familiares, que choravam à sua volta; logo, porém, virando-se para o lado da janela, saiu flutuando vagarosamente do quarto e desapareceu.
Em geral, o espírito se desprende do corpo por um dos três locais: pela testa, pela região umbilical ou pelos pés. A propósito, no caso de morte por explosão, por exemplo, instantaneamente ele se espalha em todas as direções, na forma de inúmeras partículas. Logo depois, em movimento centrípeto, volta a se unir e reassume a forma do corpo humano, não diferindo nem um pouco da morte por doença.
Quando os espíritos se deslocam, por vontade própria, para determinado local, tomam a forma esférica para percorrer o espaço. O fenômeno hitodama visto por algumas pessoas refere-se a isso. Com relação à visão da enfermeira de quem falamos, trata-se de uma capacidade excepcional; aliás, existem pessoas que já nasceram com essa capacidade, e outras que a adquiriram por meio de treinamento.
Em nosso país, desde a antiguidade, registram-se casos verídicos desse tipo, e eu mesmo já tive inúmeras oportunidades de deparar-me com esses médiuns. Outrora, conheci uma senhora que tinha um extraordinário dom de clarividência, o qual me foi de grande valia nas experiências que realizei.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em 1939