O MAL SOCIAL É OU NÃO CAUSADO PELO MEIO EM QUE SE VIVE? (Segunda e última parte)
Por: Meishu-Sama
[...] A seguir, gostaria de apontar o grande erro que existe no pensamento dos intelectuais da atualidade. Qual seria? É a mania de atribuir a terceiros toda a responsabilidade. É provável que tal mentalidade tenha como cerne a influência do marxismo.
Segundo a teoria socialista, a causa da infelicidade reside na má organização social. De fato, torna-se necessário melhorar cada vez mais a estrutura e a organização da sociedade, mas é um grande equívoco determinar que essa seja a causa única da infelicidade humana.
Mesmo que se consiga estabelecer uma estrutura organizacional ideal, se o modo de pensar e de agir de cada indivíduo estiver errado, ela não poderá ser administrada com eficiência, e o resultado inevitável será a falência do sistema. Portanto, a verdadeira forma de solucionar o problema é melhorar a mentalidade de cada indivíduo, ou seja, considerar o ser humano como elemento principal e a organização social, secundária.
Evidentemente, o pensamento incorreto surgiu do materialismo. Este não reconhece a espiritualidade e tenta solucionar tudo somente por meio da lógica materialista. E essa é a grande causa do erro. Consequentemente, tenta-se provar sempre que as próprias palavras e ações são corretas, e a culpa é atribuída ao outro.
Na realidade, a causa de quase todos os males está no indivíduo. Se a pessoa conseguir conscientizar-se claramente disso, tanto a virtude da modéstia quanto o espírito filantrópico surgirão espontaneamente e se concretizará uma sociedade feliz e pacífica. Não há outra forma para tal a não ser por meio da religião, da fé.
O princípio da revolução socialista de destruição da organização social se baseia na transferência das responsabilidades individuais a terceiros e na consequente manipulação do povo. Portanto, desejo que as pessoas se conscientizem plenamente do sentido do que aqui apresentamos e, colocando um ponto final nos erros cometidos até o presente, estabeleçam um brilhante recomeço.
Por Meishu-Sama – Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 5
Publicado em 25 de maio de 1949