O MAL SOCIAL É OU NÃO CAUSADO PELO MEIO EM QUE SE VIVE? (Primeira parte)
Por: Meishu-Sama
Desde a antiguidade, diz-se que “quando a necessidade bate à porta, os princípios e a moral saem pela janela”. Isso significa que, quando o indivíduo passa a não ter mais dificuldades materiais, suas palavras e ações também melhoram.
Assim, ao se observar a sociedade atual, verifica-se que ela está realmente repleta de mal social, e um grande número de intelectuais interpreta que a causa reside na carência material. Em parte, isso é verdade, mas essa não é a razão fundamental. Se essa carência for o verdadeiro motivo, as pessoas que possuem bens materiais em abundância deveriam ser honestas.
Contudo, a realidade não nos mostra isso. É incalculável o número de pessoas que, apesar de terem o que comer e vestir, praticam atos ilícitos e, às vezes, chegam a perturbar a sociedade e a causar muito mais danos do que os pobres.
Vemos aqueles que, usando o poder do dinheiro, apoderam-se de inúmeras propriedades, deixando-as praticamente abandonadas em um período de séria crise habitacional.
Por meio do poder financeiro, aproveitam-se de muitas mulheres, perturbando a moral, além de usurparem a liberdade das pessoas mais fracas e menos favorecidas socialmente, impedindo que subam na vida. Desvirtuam a política e, quando os filhos ingressam na universidade, corrompem os educadores. Enfim, são tantas outras coisas, que chega a ser impossível enumerá-las.
Tais fatos mostram claramente que a causa do aumento dos males sociais não é apenas a carência material. Conforme sempre afirmamos, a origem do mal social é a falta de fé. Essa é a verdadeira causa. Por essa razão, enquanto não solucionarmos essa questão, será impossível pensar na erradicação dos males sociais. É exatamente o surgimento de uma religião poderosa que constitui a base de uma solução definitiva. [...]
Por Meishu-Sama – Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 5
Publicado em 25 de maio de 1949