Escritos Divinos

Ensinamento do dia

O BEM E O MAL (Terceira e última parte)

Por: Meishu-Sama

[...] Há casos em que somos tomados de dúvida e nos perguntamos: “Por que alguém tão bom sofre tanto?” Essa dúvida é decorrente da superficialidade do ponto de vista humano, que não consegue atingir o âmago das pessoas.

Na verdade, tal “indivíduo bom”, quando analisado a fundo, é daqueles que não crê no invisível e pode ser considerado perigoso, pois é capaz de cometer o mal quando, por algum motivo, achar que isso passará despercebido de todos.

Ao contrário, quem crê em Deus, que é invisível, não se deixa ludibriar por perspectivas “brilhantes”, pois possui a crença de que, mesmo que consiga enganar o próximo, é impossível enganar a Deus.

Ainda que, do ponto de vista humano, seja considerada uma pessoa de bem, se não crê em Deus, situa-se na esfera do mal, pois corre o risco de transformar-se em um mau elemento a qualquer momento.

Por essa razão, ter fé, isto é, crer no invisível, é o atributo essencial do autêntico homem de bem. Estou convencido de que nada, além da fé, é capaz de salvar a situação atual de excessiva degradação dos preceitos morais.

Embora se continue criando leis, polícia, tribunais e prisões para impedir a ocorrência de crimes, tudo isso é como construir jaulas e cercas de ferro, a fim de nos proteger do perigo dos animais ferozes.

Dessa forma, os criminosos não estão sendo tratados como seres humanos, mas como animais. E haverá maior infelicidade para alguém do que terminar a vida rebaixado à condição de animal, uma vez que foi criado como um ser elevado?

O ser humano se transforma em animal, quando se degenera, e em ser divino, quando se eleva. Esta é uma verdade imutável. O ser humano é realmente um ser intermediário entre Deus e o animal.

Nesse sentido, o autêntico civilizado é aquele que se libertou da característica animal. Creio que o progresso da cultura significa a evolução do ser animal para o ser divino. E qual é o lugar onde seres divinos se reúnem, senão o Paraíso Terrestre?

Por Meishu-Sama – Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 1

Publicado em 5 de setembro de 1948

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