NOSSA RELIGIÃO E O PRINCÍPIO DO GRANDE CAMINHO (Primeira parte)
Observando a sociedade atual, vemos pessoas provocando alvoroço, dizendo-se de esquerda, de direita ou de centro.
Diante disso, é fácil ocorrer atritos entre esses grupos, em virtude de cada um se prender à sua ideologia e defendê-la a todo custo. Obviamente, deve existir quem tenha apenas o propósito de provocar atritos e conflitos, mas isso não vem ao caso no momento.
Após a Segunda Guerra Mundial, o objetivo do povo japonês tem sido o estabelecimento da democracia, que, por sua vez, visa ao máximo de felicidade possível para a maioria das pessoas.
Se, no entanto, cada um insistir em seus princípios e ideologias, isso resultará em conflitos e, ao invés de proporcionar felicidade ao máximo de pessoas, acarretará maior infelicidade.
Não sou eu apenas quem o diz. Basta observar a situação atual da sociedade para que, lamentavelmente, possamos constatar essa realidade com clareza.
Vejamos, por exemplo, os partidos políticos. Em um mesmo partido, existem alas cujos componentes, devido à diferença de pontos de vista, estão sempre em discórdia, e a realidade é que persiste o perigo de divisão.
Qualquer pessoa que não esteja de acordo com o ponto de vista do grupo, tende a ser considerada como inimiga.
Planeja-se, até mesmo, a derrubada do gabinete ministerial que acaba de ser formado há apenas dois ou três meses, cobrando a realização de políticas propostas enquanto era da oposição. Quando essas promessas não são cumpridas, tacham-se os políticos de demagogos.
É por esse motivo que o gabinete japonês muda com tanta frequência, que nem dá tempo para esquentar as cadeiras. Nesse aspecto, assemelha-se ao da França.
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em 30 de janeiro de 1950