MOVIMENTO DE FORMAÇÃO DO PARAÍSO POR MEIO DAS FLORES (Segunda e última parte)
Por: Meishu-Sama
[...] Nosso objetivo é fazer com que as flores possam ser apreciadas por qualquer pessoa, independentemente de sua classe social ou do lugar onde ela esteja: no canto do escritório, sobre a escrivaninha e nos demais espaços. Nem é preciso dizer o quanto uma flor nos revigora e nos conforta.
O ideal seria ornamentar, com uma única flor, até mesmo casas de detenção e penitenciárias. Quão boa influência psicológica isso exerceria sobre os detentos!
Se a sociedade chegar ao estado de existirem flores onde quer que haja pessoas, a força para tornar ameno este mundo infernal será realmente considerável.
No entanto, atualmente, nada podemos fazer em relação a isso, dado o alto custo das flores. Precisamos fazer todo o esforço para que elas possam ser adquiridas a preços bem baixos.
Para tanto, devemos intensificar sua produção, sem prejudicar a de alimentos. A respeito disso, vou apresentar um ponto muito importante.
Na questão de variedade de flores, o Japão é considerado o mais rico do mundo. Quanto ao método de cultivo, parece que nosso país tem atingido o nível mais alto.
A tulipa, que antes era principalmente produzida na Holanda, já na época anterior à última guerra, passou a ser cultivada no Japão, na região de Echigo [atual província de Niigata], mostrando um bom retorno financeiro pela sua exportação.
Na província de Kanagawa, o lírio-branco era produzido e exportado para a Inglaterra e os Estados Unidos, e sua produção vinha aumentando a cada ano.
Pela pesquisa que fizemos, constatamos que os americanos admiram muito as flores do Japão e têm grande interesse pelas nossas belas flores e variedades raras.
Assim, daqui para a frente, devemos fazer destas mais um recurso para a obtenção de divisas, por meio de sua produção em larga escala. Até hoje, essa prática veio sendo negligenciada, mas de agora em diante, é necessário estimulá-la amplamente.
Uma vez que a flor é um produto cuja exportação não sofre limitações de quantidade, creio que oferece grandes perspectivas.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 5
Publicado em 8 de maio de 1949