Escritos Divinos

Ensinamento do dia

A pessoa sem fé tem um destino oscilante tal qual os aguapés, que vivem flutuando sobre as águas. (1ª Parte)

Por: Meishu-Sama

Pensemos: quantas criaturas vivem realmente sem quaisquer preocupações? Entre aquelas que afligem o ser humano, a que se poderia colocar em primeiro lugar é a doença.

Ninguém sabe quando será acometido por alguma enfermidade. Pode ser que fiquemos gripados daqui a uma hora; pode ser, inclusive, que a gripe se agrave e se transforme em pneumonia, ou talvez em tuberculose.

Quem tem filhos, corre o risco de vê-los acometidos por epidemias, como difteria ou meningite, por exemplo, e em poucos dias ver suas vidas ceifadas. As pessoas de idade, por sua vez, podem, a qualquer momento, viver a tragédia de um derrame cerebral que as paralise parcialmente, prendendo-as ao leito durante anos a fio.

As coisas não param por aí. Da maneira como são altas as despesas médico-hospitalares, não se sabe quanto se gastará com tratamentos e internação. Se a doença for debelada em pouco tempo, tudo bem. Todavia, se o tratamento for prolongado, as economias feitas com sacrifício ao longo dos anos serão totalmente consumidas. Pode mesmo ocorrer que, embora recupere a saúde, a pessoa seja despedida do emprego e termine perambulando pelas ruas.

Conseguindo salvar-se, ela ainda pode trabalhar e se reerguer. Todavia, se, por um golpe de azar, acabar falecendo no auge da vida, o que advirá? Tratando-se de um chefe de família, como seus familiares irão sobreviver? Ele próprio deixará inacabados seus projetos e empreendimentos.

Ora, é realmente lamentável que um homem, no ápice de sua existência, tenha de deixar este mundo. E quem pode garantir que um chefe de família nunca se deparará com a ameaça de precisar romper os laços com a esposa e os amados filhos, e que essa situação se torne insuportável para ele? Quando pensamos em circunstâncias desse tipo, o medo das doenças sempre pesa como chumbo, e isso não é exceção para ninguém.

Diante de semelhante quadro, não haveria maior boa-nova que o aparecimento de uma religião capaz de libertar as pessoas da angústia e da doença. Entretanto, quem ouvir falar pela primeira vez sobre o aparecimento de uma religião dessa natureza, dirá: "Como pode haver tamanha tolice neste mundo? Você não está regulando bem!", chegando a acreditar que se está a um passo da loucura. Não obstante, acreditem, apareceu uma religião assim.

Os leitores poderão duvidar uma, duas vezes, ou até negar. Todavia, se souberem que se trata de uma verdade, o que farão? O rebuliço seria tal que provocaria, sem a menor dúvida, a maior sensação no mundo inteiro.

Por Meishu-Sama - O Pão Nosso de Cada Dia, vol. 1 - poema 60

Publicado em 20 de março de 1949

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