NÃO JULGUEIS (2ª PARTE)
Por: Meishu-Sama
Por conseguinte, se o mundo não estiver fundamentado na atitude daijo, certamente não será possível concretizar uma sociedade justa e magnânima.
No entanto, apesar de serem fiéis da nossa Igreja, se houver entre eles pessoas que ainda possuem resquícios do pensamento shojo, gostaria que tomassem consciência disso o quanto antes e mudassem seu pensamento para que possam tornar-se autênticos messiânicos.
Caso contrário, à medida que a purificação se intensificar, visto que gradativamente o julgamento de Deus se tornará mais severo, no momento decisivo, mesmo que sintam remorso, será tarde demais.
Assim sendo, se for o caso de se arrepender e se modificar, aconselho que o façam agora, antes que seja demasiadamente tarde.
Estou de pleno acordo com o ensinamento que a Oomoto apresenta reiteradamente: "A vaidade e a compreensão errada são as causas de grandes sofrimentos." O mesmo pode ser entendido das palavras de Jesus Cristo: "Não julgueis."
Em suma, ao invés de julgar o bem ou o mal do próximo, devemos julgar o nosso bem e mal. O correto é manter-nos neutros em relação aos atos do próximo.
O que me deixa ainda mais surpreso é o fato de existirem pessoas que pensam: "Fulano está agindo de forma inconveniente; porém, não sei se Meishu-Sama não está percebendo."
Ou então: "Como ele é uma pessoa misericordiosa, deve estar fazendo vistas grossas." Ou ainda: "Como é difícil falar sobre isso, ele está evitando interferir. Sendo assim, nós é que devemos, no lugar dele, advertir aquele fulano."
A meu ver, isto é um grave equívoco e deixa a situação ainda mais desagradável. Isto porque, essas atitudes me fazem pensar: "Será que as pessoas acham que sou tão ingênuo assim? Pensem bem.
Se eu fosse realmente tão ingênuo, não teria condições de realizar o grandioso trabalho de salvação da humanidade e, tampouco, de lutar e vencer o chefe dos demônios. Na minha opinião, essas pessoas que se mostram tão ‘boazinhas’ é que são ingênuas. Aliás, mais do que isso: são verdadeiramente ‘imaturas’".
Conforme já disse, esta é, de fato, a ingenuidade de subestimar quem não é ingênuo.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 4
Publicado em 13 de maio de 1953