A COMÉDIA DOS NUTRIENTES (2ª PARTE)
Por: Meishu-Sama
[...] quando a pessoa está desejando ingerir alguma coisa, esta lhe será, sem dúvida, saborosa. Diante disso, podemos compreender o quanto está errado consumir, contra a vontade, algo que não é saboroso, como os medicamentos, por exemplo.
A tradicional frase “O bom medicamento deixa gosto amargo na boca” também encerra um grande erro. O gosto ruim já é indicação do Criador de que aquilo é veneno e, por isso, não deve ser ingerido.
Assim, quanto mais saboroso o alimento, mais nutritivo ele é, porque sua energia espiritual é mais densa e contém maior quantidade de nutrientes.
Pela mesma razão, quanto mais frescos forem os peixes e as hortaliças, mais saborosos serão por estarem com energia espiritual mais forte. Com o passar do tempo, o sabor diminui porque a energia espiritual se dispersa.
Darei uma explicação sobre os suplementos alimentares sintéticos. Nosso organismo produz não só vitaminas como todos os elementos nutricionais a partir de quaisquer alimentos e na quantidade que for necessária.
Em outras palavras, através de alimentos que não contêm vitaminas, a força misteriosa do aparelho digestório consegue produzir vitaminas na quantidade necessária. Assim, a produção de nutrientes constitui a própria força vital do ser humano.
Em síntese, o processo de transformação do alimento inacabado em alimento acabado não é outra coisa senão a própria vida.
Por essa razão, quando se ingerem suplementos alimentares sintéticos – que são produtos acabados – a função de produção de vitaminas vai-se deteriorando naturalmente pela não necessidade de sua atuação.
Uma vez reduzida esta função, é natural que outras funções interligadas também entrem em declínio, e o corpo enfraqueça gradativamente. Vou citar alguns exemplos.
Houve uma época, nos Estados Unidos, em que esteve em moda uma dieta alimentar chamada fletcherismo. Esse método consistia em mastigar ao máximo os alimentos e quanto mais eles ficassem pastosos, melhor.
Segui esse método à risca durante um mês. Fui ficando fraco e não conseguia atingir a vitalidade como desejava, o que me deixou deveras surpreso. Deixando de seguir esse método e voltando a comer normalmente, minha força física se restabeleceu.
Foi então que descobri que é um grande erro mastigar bem os alimentos, pois, triturando-os com os dentes, a atividade do estômago se torna dispensável e isso o enfraquece. Por essa razão, o melhor é não mastigar muito os alimentos.
Desde os tempos antigos, dizem que as pessoas que comem depressa e evacuam rapidamente são mais sadias. Nesse aspecto, elas eram mais evoluídas que o homem moderno.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em 20 de abril de 1950