O MALFEITOR É DOENTE (1ª PARTE)
Por: Meishu-Sama
O título acima suscitará dúvidas entre as pessoas, pois há muitos malfeitores com aparência sã. Aliás, entre estes é até maior o número de indivíduos aparentemente saudáveis. Entretanto, isso se limita à visão superficial; a parte espiritual, ou seja, seu interior, encontra-se verdadeiramente doente.
Em outras palavras, as pessoas más são influenciadas por espíritos malignos, que acabam dominando grande parte do seu espírito, ou seja, isolam o espírito protetor primordial e afastam o espírito protetor guardião. Assim o espírito maligno assume o protagonismo e age a seu bel-prazer, como se fosse a própria pessoa.
Sem dúvida, os referidos espíritos malignos podem ser espíritos de raposa, de texugo, de dragão ou de outros animais. Portanto, seus atos não diferem muito daqueles praticados pelos mesmos.
Nessas condições, sem nenhum constrangimento e com toda naturalidade, realizam, com prazer, atos impiedosos e cruéis que uma pessoa jamais faria. A diferença entre eles e o ser humano é tão grande, que não se consegue imaginá-la com base no senso comum.
Conforme tenho ensinado, desde o seu nascimento, o ser humano possui o espírito protetor secundário, de natureza animal. Deus permite sua existência por ser indispensável à sobrevivência humana e porque os desejos físicos são necessários.
Entretanto, analisando o malfeitor, constatamos a atuação de dois tipos de espírito animal: podem ser casos de possessão de outro espírito animal ou de demonstração da animalidade do espírito protetor secundário, a que já nos referimos.
Por que isso se verifica dessa forma? Ao surgirem nuvens no espírito da pessoa e à medida que aquelas se vão tornando densas, o espírito animal correspondente passa a influenciá-la.
Nesse caso, o espírito protetor primordial acaba perdendo para o espírito animal, que passa a agir a seu bel-prazer por meio desse corpo.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 5
Publicado em 21 de novembro de 1951