LUZ DA INTELIGÊNCIA
Por: Meishu-Sama
É costume referir-se à inteligência como sendo uma coisa única. Contudo, ela pode ser de vários tipos, apresentando diferentes níveis de profundidade, como explicarei a seguir.
Dentre as inteligências, as mais elevadas são: divina, do bem e superior. Para alcançá-las é preciso praticar fervorosamente a fé, porque tais inteligências só afloram a partir do sentimento puro e correto, que admite a existência de Deus.
Portanto, se todo empenho e conduta forem embasados na inteligência do bem, não haverá falha de forma alguma, e a verdadeira felicidade será alcançada.
Em contraposição, estão as inteligências oriundas do mal, como a ardilosa, a astuta, a maligna, entre outras. Todos os criminosos possuem esses tipos de inteligência, e os que cometem crimes intelectuais, como os golpistas, são os mais destacados. [...]
É interessante notar que, quanto mais a inteligência for do bem, mais profunda ela é, e quanto mais for do mal, mais superficial ela se mostra. Isto pode ser comprovado claramente na história dos malfeitores desde as épocas remotas até hoje.
Apesar de acharem que arquitetaram seus planos com perfeição, na prática sempre contêm alguma falha que se torna o motivo do fracasso, e acabam sendo descobertos.
Por conseguinte, se o ser humano almeja a prosperidade duradoura e não apenas temporária, é necessária a atuação da inteligência profunda. E esta aflora proporcionalmente à intensidade da sinceridade [Makoto]. Portanto, é imprescindível ser uma pessoa de fé correta.
Se compreenderem essa lógica, fica fácil verificar a causa dos males sociais da atualidade. Isso se deve à superficialidade do pensamento do homem contemporâneo, que se revela em diversos aspectos. [...]
Com inteligência superficial, não se consegue prever o futuro, o que torna impossível estabelecer uma política verdadeira.
Assemelha-se ao jogo de tabuleiro chinês go e ao xadrez, nos quais o jogador experiente ganha a partida porque antevê de cinco a dez jogadas; e o inexperiente, evidentemente, é derrotado porque não prevê mais do que duas ou três.
Neste sentido, o ser humano deve conscientizar-se de que, se não cultivar a inteligência do bem e não houver atuação da inteligência superior, nada ocorrerá com êxito. Deve igualmente saber que a fé é o único meio para cultivá-las.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 3 - trechos
Publicado em 30 de janeiro de 1950