SEJA DAIJO (Segunda e última parte)
Essa lógica se aplica a tudo, tanto em pequena quanto em grande escala. Como exemplo disso, basta observar o Japão de antes do término da Segunda Guerra Mundial.
Empunhando a bandeira da lealdade e do patriotismo, o povo japonês lutou sem temer a morte, e a consequência foi aquela derrota que conhecemos.
De fato, tudo aquilo foi praticado na época, por se acreditar que se tratava de uma atitude correta e ditada pelo bem.
Todavia, como se tratava de um bem do ponto de vista shojo, visava somente à felicidade do próprio país, pouco se importando com o que viria a ocorrer com os demais.
Foi devido a esse pensamento egoísta que teve um fim lamentável. A respeito disso, publiquei, recentemente, o Ensinamento "Seja um cidadão do mundo" com o objetivo de mostrar que o autêntico bem é o do ponto de vista daijo, isto é, o bem em âmbito mundial.
Evidentemente, se partíssemos deste princípio, não teríamos promovido guerras e invasões e nem precisaríamos passar por aquelas situações trágicas. Com certeza, hoje nosso país estaria desfrutando da paz e sendo respeitado pelo mundo inteiro.
Em termos de amor, existem o amor de Deus e o amor do ser humano. Como o amor de Deus é daijo, Ele ama a humanidade irrestritamente.
O amor humano é amor shojo, que se limita a amar a si próprio, seu grupo e seu povo e, como resultado, esse tipo de amor de caráter restrito se torna um mal.
Os fiéis, ao compreenderem claramente o sentido das minhas palavras, devem manter, sempre e em tudo, uma atitude daijo, isto é, manter o amor de Deus vivo no coração e transmiti-lo ao próximo, o que, com certeza, produzirá bons frutos.
Por esse motivo, se eles fizerem da Vontade de Deus a sua vontade e tratarem as pessoas com amor sem discriminá-las, é natural que qualquer um se sinta bem ao se relacionar com nossos fiéis e passe a se reunir com alegria à sua volta. Assim, certamente, a fé se expandirá.
Escrevi aqui o que venho sentindo ultimamente.
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em 25 de novembro de 1951