Tenho 26 anos e sou da quarta geração de messiânicos da família. Desde a infância, presenciei muitos conflitos entre meus pais.

Na adolescência, não concordava com muitas das atitudes de meu pai para com minha mãe e, mesmo morando na mesma casa, o evitava.

Em 2022, ele foi embora sem dar qualquer explicação. Na época, eu estava inativa nas dedicações.

Quando ele nos visitava, eu me trancava no quarto para não o ver. Nosso contato era quase inexistente.

Embora desejasse resgatar nosso convívio, nunca o fazia.

Em dezembro de 2024, participei da Oração de Ano-Novo da igreja e entreguei essa situação a Deus e a Meishu-Sama. Ao mesmo tempo, decidi retomar as dedicações.

Assim, no início de 2025, frequentava o Johrei Center duas vezes por semana e me inscrevi no Curso de Formação Missionária nível 2.

Em maio, ingressei no SILP (Servir Integral de Longo Período) e convidei os antepassados para dedicar comigo.

Em determinada semana, enquanto orava pela linhagem paterna, vi-me solitária e triste. Ao lembrar-me de meu pai, fui tomada por uma enorme vontade de chorar.

Diante do Altar, fiz uma oração em que perdoei e pedi perdão aos antepassados paternos pelos julgamentos e sentimentos negativos que cultivei por toda a vida.

Ao final da oração, estava leve, como se um enorme peso tivesse saído das costas.

A partir de então, passei a ter gratidão e amor por meu pai e por nossos antepassados. Voltei a sorrir e percebi que uma chave havia virado em minha vida.

Inesperadamente, poucos dias antes de encerrar as atividades do Servir Integral, meu pai me ligou. Fiquei surpresa. Conversamos de forma muito amigável e, no final, disse que o amava.

Ao retornar à minha cidade, já nos encontramos várias vezes. Ele me visita e sempre pergunta se estou bem e se preciso de alguma coisa.

Agradeço a Deus, a Meishu-Sama e aos antepassados a permissão de fazer esse resgate.

Desejo servir cada vez mais em prol da concretização do Paraíso Terrestre.

Muito obrigada.