Tenho 75 anos e conheci a Igreja através da esposa, mãe e irmãs, que eram messiânicas.

Eu era uma pessoa difícil. Questionava e julgava a religião.

Em 1991, minha filha, na época com 14 anos, começou a apresentar muitas dores e inchaço na cabeça. Foram efetuados 33 exames, que nada detectaram.

Ela recebia Johrei intensivo diariamente. Dessa forma, mesmo sem tratamento médico, em três meses, sarou por completo.

Fiquei espantado com a força do Johrei através de um simples levantar de mãos. Diante disso, comecei a frequentar a igreja e, em junho de 1991, recebi o Ohikari (Medalha da Luz Divina).

Nessa época, o país atravessava muitos problemas econômicos. De igual modo, enfrentávamos diversas dificuldades financeiras. Além disso, eu vivenciava conflitos conjugais, pois era autoritário e intransigente.

O Solo Sagrado de Guarapiranga estava em construção, e muitos messiânicos se empenhavam na oferta da gratidão monetária e na dedicação com as próprias mãos.

Como eu não podia contribuir monetariamente como gostaria, decidi colaborar fisicamente.

Alguns homens da unidade religiosa resolveram formar uma caravana para as dedicações mais pesadas. Foram 15 viagens, e eu participei de todas elas.

Dedicamos aplainando o terreno, plantando árvores, carregando pedras. Tudo era feito manualmente, pois a intenção era impregnar o local com nosso amor e gratidão.

Às vezes, tínhamos cãibra nos braços pelo excesso de esforço, mas nunca desistíamos. O mais interessante é que, no dia seguinte, quando retornávamos às dedicações, não havia dores musculares nem cansaço. Era espantoso, algo realmente divino.

Observar pessoas com limitações ou deficiências dedicando de corpo e alma me tocou profundamente, pois vi que o sentimento era doar-se ao máximo para a construção do Paraíso Terrestre.

Com isso, compreendi que eu deveria me aprimorar como pessoa; ser mais dócil e humilde, para oferecer sempre o melhor a Deus e ao próximo.

Conforme fui dedicando, tudo se modificou. Surgiu um novo emprego e recuperei o equilíbrio financeiro. Ao mesmo tempo, passei a conviver em harmonia com todos à minha volta.

Hoje, já estamos na quinta geração de messiânicos na família.

Sinto-me privilegiado e grato pela oportunidade de servir na construção do protótipo do Paraíso Terrestre e, ao mesmo tempo, de poder construir um lar paradisíaco.

Muito obrigado.