Meu primeiro contato com o Johrei foi há vinte anos. Sempre passava em frente ao Johrei Center, mas nunca entrava, apesar de ainda apresentar sequelas de um AVC sofrido em 2012, que me impediam de escrever com a mão firme e me deixavam com a fala estranha, principalmente em situações de grande ansiedade e estresse.
Há cerca de um ano, um amigo, que é missionário, insistiu para que eu recebesse Johrei, pois eu estava passando por um processo de separação bastante conturbado. Nesse mesmo período, meu pai fez sete cirurgias. Ele ficou acamado e eu cuidava dele. Uma ocasião, senti uma dor muito forte no pescoço e fui ao médico.
Fui diagnosticada com três vértebras deslocadas na cervical, que exigiam repouso e medicação o que me impediria de cuidar de meu pai. Optei por continuar a auxiliá-lo. Em uma das vezes, travei a coluna severamente; fiquei de cama e, ao melhorar um pouco, fui ao Johrei Center pela primeira vez.
Entrei com muita dor; mal conseguia andar; fui amparada por missionários, que me conduziram até a nave e recebi muito Johrei. Agradeci e disse que iria embora, pois estava um pouco aliviada da dor, mas só pensava em ir à farmácia para comprar remédio.
Uma missionária insistiu para que eu recebesse mais um Johrei e, com vergonha de recusar, fiquei. Durante o recebimento, senti meu pescoço destravar e tive um alívio enorme. Conversei com um missionário, que me orientou a vir todos os dias durante uma semana e voltar a conversar com ele no sábado seguinte. Isso se repetiu por três semanas, recebi Johrei diariamente por quase um mês.
Fui alertada de que poderiam aparecer obstáculos, o que de fato ocorreu: meu carro quebrou e inúmeros imprevistos surgiram. No entanto, estava tão determinada a seguir a orientação, que em qualquer brecha no trabalho, deslocava-me para receber Johrei.
Ao longo do mês, percebi inúmeras transformações de sentimento; senti uma forte necessidade de organizar a casa. Nunca tinha priorizado isso por trabalhar em três empregos e ajudar a cuidar do meu pai. No entanto, a vontade de organizar a casa era muito grande, levando-me a fazê-lo, às vezes, até de madrugada.
Comecei a olhar mais para o Belo o que me permitiu apreciar mais a ordem, a claridade e a limpeza. Passei a me alimentar com mais qualidade, algo que às vezes não fazia, pois também estava purificando financeiramente, o que me levava a economizar na alimentação. Enfim, um novo caminho de luz se abriu diante de mim.
Apesar de ser artista plástica, havia parado de expressar a minha arte desde a crise no meu casamento, e nem a terapia de vinte anos tinha resolvido.
Durante o mês em que recebi Johrei intensivo, senti uma vontade enorme de pintar novamente. Então, recomecei a trabalhar em um quadro que estava inacabado havia mais de quatro anos. Senti uma plenitude e felicidade inexplicáveis.
Dias depois, os clientes de vinte anos atrás começaram a me ligar, fazendo encomendas e até recebi uma oferta para abrir um ateliê, além de ter aparecido um projeto para expor no exterior, sem que eu tivesse divulgado que estava atuando novamente. Hoje, percebo que o fato de eu ter parado de pintar por tantos anos foi bom, pois meu sentimento era de muita mágoa e rancor. Se tivesse continuado, teria levado esse sentimento para a casa das pessoas por meio da minha arte.
Durante o mês e meio em que frequentei o Johrei Center, nunca mais senti dor na cervical, apesar de continuar a cuidar do meu pai. Além disso, percebi na entrevista com o ministro que, mesmo ansiosa, consegui falar normalmente, como se não tivesse as sequelas do AVC e confirmei a melhora da mão. Portanto, senti que houve mudanças maravilhosas em todas as áreas de minha vida.
Em novembro de 2019, tive a permissão de receber o Ohikari (Medalha da Luz Divina). Após a outorga, tenho ministrado Johrei a meu pai diariamente. Os membros também têm prestado assistência de Johrei. Com isso, ele melhorou bastante e pôde diminuir de dez para um o número de remédios que toma diariamente e está bem mais calmo.
Com tantos milagres ocorrendo - ganhando saúde, obtendo paz e prosperando -, pretendo, cada vez mais, empenhar-me nas práticas messiânicas, sendo um instrumento para a construção do Paraíso Terrestre. Tenho dedicado na unidade às quartas-feiras; esforço-me para fazer a gratidão mensal e não falto aos cultos mensais.
Agradeço a Deus e a Meishu-Sama, bem como ao ministro e ao missionário, pois me ajudaram a manter o foco. Agradeço aos meus antepassados todas as proteções e graças recebidas.
Muito obrigada.