Ele observava que, na casa do vizinho, começaram a se formar filas de pessoas para receber uma oração. Então, certo dia, entrou na fila e recebeu o primeiro Johrei. Após o terceiro dia de recebimento, não sentiu mais dores, levando uma vida normal.
Constatando a força do Johrei, meu pai disse ao vizinho que tinha uma filha com paralisia infantil. Eu já estava com 22 anos. Aos quatro, fui diagnosticada com poliomielite, doença que afetou a parte direita do corpo; as pernas ficaram finas e curtas e os braços, igualmente finos. Perdi a capacidade de andar e de articular palavras.
Com os medicamentos e terapias, consegui voltar a andar e a falar, mas com dificuldade.
Eu usava uma tala, que era adaptada para igualar o tamanho das pernas, mas sofria com muitas dores. Com o tempo, fui-me tornando extremamente negativa, egoísta e solitária.
O vizinho messiânico pediu a meu pai que me levasse para receber Johrei duas vezes por dia, e disse que eu precisava ter paciência.
Por dois anos, recebi Johrei diariamente. Durante esse período, ocorreram grandes melhoras. A fala melhorou, e as pernas e os braços começaram a ter um aspecto próximo do normal.
Meu sentimento foi sendo lapidado; a autoestima aumentou e despertou o desejo de ajudar as pessoas.
Sendo assim, comecei a fazer as aulas de Princípios Messiânicos com meu pai e, em novembro de 1979, tivemos a permissão de receber o Ohikari (Medalha da Luz Divina).
Dedicava assiduamente na ministração de Johrei na igreja e nas residências, com os missionários. Pude entender e aceitar a purificação com gratidão e fiquei mais comunicativa.
Paralelamente ao servir à Obra Divina, cursei a Faculdade de Pedagogia. Em 1982, fui aprovada em um concurso público e comecei a trabalhar como professora.
Em torno de dez anos, as pernas e os braços evoluíram conforme o esperado, e a fala melhorou por completo.
Atualmente sou aposentada e, além de participar das atividades da igreja, dedico como responsável pelas caravanas, no atendimento a frequentadores e na assistência religiosa.
Mesmo mancando um pouco, não sinto dores e me locomovo normalmente. Sou uma pessoa feliz, grata, e o maior aprendizado com essa purificação foi que preciso ter pensamento positivo e paciência diante das adversidades, bem como colocar o servir à Obra Divina em primeiro lugar em qualquer circunstância.
Agradeço a Deus, a Meishu-Sama, a minha família e a todas as pessoas que colaboraram para meu crescimento espiritual e físico.
Comprometo-me a me empenhar cada vez mais para conduzir as pessoas à felicidade, assim como o vizinho messiânico fez comigo.
Muito obrigada.