Escritos Divinos

Ensinamento do dia

RELIGIÃO CRIADORA DE PESSOAS FELIZES (Segunda parte)

Por: Meishu-Sama

RELIGIÃO CRIADORA DE PESSOAS FELIZES (SEGUNDA PARTE)

[...] Podemos compreender a respeito disso, observando a forma de atuação das religiões de até agora. Em linhas gerais, existem dois tipos.

O primeiro é aquele que, reivindicando justiça, segue destemidamente. A religião Hokekyo, de Nichiren, é o melhor exemplo disso e, por essa razão, sofreu perseguições atrozes. Em consequência dessas adversidades, enquanto o fundador esteve à frente, não houve uma expansão expressiva. Só após algumas centenas de anos é que ela alcançou seu atual prestígio.

O segundo, em contrapartida, temendo perseguições, busca caminhos seguros. Então, mesmo que a religião consiga crescer, necessitará de um longo tempo; caso contrário, será extinta. É nesse ponto que se encontra a dificuldade.

Felizmente, com o advento da democracia, a liberdade religiosa foi estabelecida. Por esse motivo, diferentemente da situação anterior ao término da Segunda Guerra Mundial, agora, vivemos uma época abençoada e conseguimos livrar-nos de uma fatal perseguição religiosa. Assim sendo, tendo a retidão e a justiça como princípios norteadores, estou, passo a passo, eliminando o mal e avançando em direção ao bem.

A seguir, tratarei da questão da felicidade do ser humano. Obviamente, é o bem que possibilita a criação da felicidade, sendo desnecessário dizer que, para fazer o bem prevalecer, deve-se ter força suficiente para vencer o mal. Entretanto, até agora, as religiões careciam dessa força; por conseguinte, não proporcionavam a felicidade verdadeira. Foi a teoria da Iluminação do budismo que correspondeu aos anseios do povo, que já tinha desistido da matéria e desejava, ao menos, alcançar a paz espiritual.

No cristianismo, por outro lado, pregou-se a resignação por meio da expiação, a exemplo de Jesus Cristo. E a conhecida frase: “(...) a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” refere-se ainda ao princípio de não resistência, isto é, ao espírito de derrotismo diante do mal.

Como as religiões tradicionais não conseguem vencer o mal em termos materiais, criou-se a teoria da negação das graças recebidas nesta vida. Não é de estranhar o surgimento da classificação de superior para a religião que visa à salvação do espírito, e de inferior, para aquela que proporciona também as graças recebidas nesta vida. Contudo, essa teoria não passou de um recurso até determinada época. Darei alguns exemplos. [...]

Por Meishu-Sama – Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 1

Publicado em 10 de junho de 1953

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