Escritos Divinos

Ensinamento do dia

AS TRÊS CALAMIDADES MAIORES E AS TRÊS CALAMIDADES MENORES (Segunda parte)

Por: Meishu-Sama

[...] Todos sabem que da mesma forma das catástrofes provocadas por elementos da Natureza, as calamidades causadas por influência do ser humano também são terríveis.

Principalmente a guerra, que é a que traz maiores danos aos homens. Vou apresentar uma tese inusitada sobre as causas da guerra. Por ela ser surpreendente, gostaria que os leitores a lessem com toda a atenção.

A guerra é, evidentemente, uma luta coletiva e, até hoje, a humanidade tem demonstrado mais propensão ao conflito do que à paz. Observando atentamente, veremos que os conflitos ocorrem em âmbito nacional e internacional, em todos os campos da atividade humana.

Nas repartições públicas, nas firmas, nas associações, enfim, em qualquer agrupamento de indivíduos, sempre há lutas ininterruptas nos bastidores, e as pessoas vivem se criticando e se discriminando.

Observamos, ainda, disputas de concorrentes comerciais, conflitos entre casais, irmãos, pais e filhos, amigos etc. Realmente, o ser humano gosta muito de desavenças. Notamos com frequência que ocorrem atritos até mesmo no interior de trens e ônibus, na rua, entre os transeuntes etc. Observa-se assim o quanto o conflito está presente na vida humana. Vou explicar o motivo da natureza belicosa do ser humano.

As pessoas possuem toxinas de diferentes tipos, sejam elas congênitas ou adquiridas. É comum dizer que essas toxinas se concentram nos locais em que os nervos são mais ativos.

De acordo com minha tese, esses locais estão acima do pescoço. Enquanto se está acordado, mesmo que os braços e as pernas não estejam sendo utilizados, o cérebro, os olhos, o nariz, a boca e os ouvidos estão em constante atividade. É natural, portanto, que as toxinas se reúnam nas proximidades desses órgãos. Esta é também a causa do enrijecimento da região do pescoço e dos ombros de que muitos se queixam.

As toxinas acumuladas, com o passar do tempo, vão-se solidificando em nódulos e, quando esse processo atinge certo estágio, surge a ação contrária, isto é, a dissolução e a eliminação que nós chamamos de ação purificadora. Nessa ocasião, a febre surge infalivelmente, para dissolver o nódulo e torná-lo líquido e, assim, facilitar a eliminação das toxinas. Essa purificação natural é a gripe; e as excreções como escarro, coriza, suor etc. demonstram isso.

Por outro lado, a maioria das pessoas, apesar de aparentar estar em condições normais, encontra-se sob a ação purificadora de um constante resfriado extremamente leve. Por ser essa purificação praticamente imperceptível, as pessoas se sentem saudáveis. Entretanto, elas não sabem o que é ser verdadeiramente são. Isso porque, caso se submetam a um exame minucioso, será constatada, infalivelmente, a existência de binetsu em toda a cabeça, estendendo-se aos ombros.

Entre outros sintomas, inevitavelmente, a pessoa apresenta sensação de peso na cabeça, cefaleia, secreção ocular, coriza, zumbido no ouvido, periodontite e enrijecimento do pescoço e dos ombros. Devido a isso, sempre apresenta certa indisposição, a qual constitui um problema, pois provoca a ira, que resulta em conflito, o qual culmina em guerra.

Assim, não há outro meio de extinguir a natureza belicosa do ser humano, a não ser o de eliminar a indisposição. Eis por que, em uma mesma situação, se a pessoa está bem-disposta, ela nem se incomoda ao ouvir coisas desagradáveis; mas, se ela está indisposta, não consegue conter a ira. Creio que a maioria já passou por essa experiência. [...]

Por Meishu-Sama – Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 2

Publicado em 13 de agosto de 1949

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