O PARAÍSO É O MUNDO DO BELO. OS SENTIMENTOS DE SEUS HABITANTES SÃO IGUALMENTE BELOS. (Terceira e última parte)
Por: Meishu-Sama
[...] Para finalizar, escreverei a meu respeito.
Desde jovem, eu gostava de tudo o que dissesse respeito ao belo. Embora fosse muito pobre, cultivava flores em pequenos espaços e, quando dispunha de tempo, pintava quadros. Sempre que me era possível, visitava museus e exposições.
Na primavera, apreciava as flores; no outono, as folhas coloridas das árvores. Agora, pela graça de Deus, minha vida é mais afortunada. Portanto, poder apreciar o belo livremente constitui uma contribuição para a realização das atividades da Obra Divina.
Desconhecendo esse fato, é inevitável que terceiros achem que levo uma vida luxuosa.
Desde tempos antigos, os fundadores de religiões faziam a divulgação das doutrinas, vivendo na pobreza e realizando penitências. Quando me comparam a eles, talvez achem minha forma de agir bastante estranha, pelas diferenças observadas.
A verdade é que aquela época era o mundo da noite, e as religiões expandiam a fé, mesmo estando no inferno. Finalmente, chegou a época de transição, ou seja, o momento atual está se transformando no Mundo do Dia.
Contrariamente [ao que se pensava], a salvação se dá enquanto se vive em um lugar paradisíaco. Por conseguinte, é necessário pensar profundamente a esse respeito.
Para encerrar, desejo falar a respeito do comunismo. Dizem que seu objetivo é a construção do Paraíso, mas além dos demais aspectos, a concepção do belo de seus militantes é muito escassa. Portanto, enquanto o comunismo não agregar o belo, ele não se tornará um sistema verdadeiro.
Por Meishu-Sama - O Pão Nosso de Cada Dia, vol. 1 - poema 41
Publicado em 11 de julho de 1951