O ESPÍRITO PRECEDE A MATÉRIA (2ª parte)
Por: Meishu-Sama
As impurezas, ou seja, as nuvens espirituais, são opacidades que surgem no espírito, que é um corpo transparente.
Existem dois tipos de nuvens espirituais: 1) aquelas que surgem no próprio espírito e 2) aquelas projetadas a partir do corpo físico.
Vejamos a primeira.
O cerne do espírito humano é constituído de três camadas concêntricas. Explicando a partir do centro, seu núcleo é a alma, que se assenta no ventre da mulher através do homem no momento da concepção. Por sua vez, a alma está envolta pela consciência e esta, pelo espírito.
O estado da alma se reflete no espírito por meio da consciência, e o estado do espírito se reflete igualmente na alma por intermédio da consciência. Desse modo, a alma, a consciência e o espírito estão inter-relacionados, constituindo uma trindade.
Evidentemente, todas as pessoas fazem tanto o bem como o mal durante a vida. Se a prática do mal for maior que a do bem, o saldo entre elas constituirá o pecado, que se reflete na alma e se transforma em nuvem espiritual.
Por esse motivo, na sequência, formam-se nuvens na consciência e, depois, no espírito. Então, com o surgimento da ação purificadora, ocorre a eliminação dessas nuvens. Durante o processo, o volume delas se comprime; com isso, elas se tornam mais densas, concentrando-se em alguma parte do corpo.
O interessante é que, dependendo do pecado, o local da concentração é diferente. Por exemplo: os pecados associados aos olhos, nos olhos; os pecados referentes à cabeça, na cabeça; os pecados relacionados ao tórax, no tórax, e assim por diante, tudo de forma correspondente.
Passemos, agora, ao segundo tipo de nuvens, isto é, as que se projetam do corpo para o espírito. Neste caso, primeiramente o sangue se turva e, como consequência, surgem nuvens no espírito.
Originariamente, o sangue do corpo humano é a materialização do espírito; ao contrário, o espírito é a espiritualização do sangue. Em outras palavras, espírito e matéria estão integrados.
Assim, quando as nuvens se condensam e se refletem no corpo, transformam-se em sangue turvo e, ao ficarem ainda mais densas, transformam-se em nódulos. Estes, depois de dissolvidos e liquefeitos, são eliminados por diversos pontos do corpo.
A dor e o sofrimento decorrentes desse processo constituem aquilo a que se dá o nome de doença. Assim, o que se projeta a partir do corpo físico é o sangue turvo.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 1
Publicado em 15 de agosto de 1951