Vivo para cumprir uma grande missão. Devo empenhar-me, com todas as minhas forças, na salvação do mundo. (1ª Parte)
Por: Meishu-Sama
(...) Quando reflito profundamente sobre minha pessoa, surge-me a dúvida: "Para que nasci neste mundo e por qual motivo sou diferente das pessoas comuns?" Vou explicar a respeito disso.
Fundei a Igreja Messiânica e, desde então, me empenho na construção de um mundo feliz e na salvação de milhares de pessoas.
O rápido desenvolvimento da nossa religião também é uma exceção e devo dizer que, no momento, é inédita uma religião que tenha realizado tantas curas de doenças como a nossa. Logo, acho que posso dizer que se trata realmente de um mistério do século.
Só de observar tais curas e nossa rápida expansão, já se percebe que há algo de extraordinário em tudo isso. Mesmo quando leio um trecho de uma experiência de fé, só pelo fato de sentir a transbordante emoção e gratidão do autor do relato por ter sido salvo, não consigo lê-la sem lágrimas nos olhos.
A seguir, vou escrever sobre minha pessoa, por outro ângulo.
Do nascimento até a meia-idade, eu não diferia em nada de uma pessoa comum. Desde então, perseguido pelas situações adversas e sem entender o mundo, tornei-me refém do ceticismo. Por esse motivo, saí em busca da fé e filiei-me à religião Oomoto. Depois de considerável aprimoramento, alcancei o estado de percepção da essência de Deus [kenshin no kyoti].
Desde os tempos antigos, dizem que, mesmo dedicando a vida para alcançar o referido estado, é impossível atingi-lo. Entretanto, por meio do aprimoramento realizado em um curto espaço de tempo, eu o consegui. Consequentemente, creio que posso considerar isso como um fato inédito.
A partir de então, com a mentalidade totalmente mudada, conscientizei-me da missão recebida dos Céus e, pela ocorrência sucessiva de milagres, a descrença foi extinta por completo. Junto a isso, meu pensamento se tornou surpreendentemente amplo.
Ao mesmo tempo, ao contrário, eu possuía um lado bastante retraído. Em suma, passei a ser uma pessoa audaciosa, mas tímida. Meu lado audacioso pode ser percebido pelas minhas aspirações e a forma como administro meus projetos.
Já o lado tímido se manifesta na vergonha que eu sentia ao falar perante um grande número de pessoas - uma postura que eu mesmo achava estranha.
Ultimamente, já estou bem mais acostumado e consigo falar livremente sobre tudo aquilo que desejo. Antes, eu tinha muita dificuldade em proceder dessa maneira.
Por Meishu-Sama - O Pão Nosso de Cada Dia, vol. 1 - poema 17
Publicado em 8 de agosto de 1951