MORTE NATURAL E MORTE ANTINATURAL
Por: Meishu-Sama
O que vem a ser a morte? Obviamente, é a interrupção da vida, que ocorre porque o corpo físico não consegue mais sobreviver. É como uma árvore que seca e morre.
A morte tem várias causas, mas podemos dividi-la em dois grupos: natural e antinatural.
A primeira é causada pelo esgotamento do tempo de vida concedido pelos Céus; a segunda, por doença, catástrofe, assassinato, acidente, suicídio etc. O correto é o ser humano encerrar a vida terrena por meio de morte natural e, portanto, a morte antinatural constitui uma irregularidade.
Um fato realmente incompreensível é que, apesar do avanço da cultura, a morte natural está diminuindo cada vez mais, e a incidência de morte antinatural, aumentando, principalmente a motivada por doenças.
E por que razão, embora se registre um grande progresso em todos os campos da cultura, só no que se refere à vida humana ocorre exatamente o inverso?
Deve existir aí uma grave falha que a humanidade não está percebendo. Ao invés de levantar tal dúvida, mostra um interesse ilimitado por outros assuntos e permanece totalmente indiferente à questão da vida.
Pensemos bem: uma vez que Deus Todo-Poderoso criou o ser humano como o animal mais elevado, não há nada que contrarie mais a Vontade Divina que o reduzido número de mortes naturais que, comparado às mortes antinaturais, vem diminuindo progressivamente.
Ora, se Deus é realmente Todo-Poderoso, creio que, cedo ou tarde, Ele deverá trazer o ser humano de volta à sua condição de principal ser da Criação. Evidentemente, Deus não consentirá por muito tempo com essa anomalia que vem ocorrendo com a vida humana.
Refletindo sobre isso, não será motivo de espanto que Izunome-no-Ookami, isto é, Kanzeon Bossatsu, divindade que recebeu do Supremo Deus a incumbência de salvar o ser humano, esteja prolongando a vida humana, isto é, erradicando a morte antinatural.
Pelas razões expostas, a humanidade deve conscientizar-se de que está próxima a chegada do Mundo da Luz, ou seja, o mundo isento de doenças, ansiado há milênios.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em 19 de junho de 1936