O QUE É A MORTE?
Por: Meishu-Sama
Entre as questões relacionadas à vida humana, nenhuma é tão séria quanto a morte. Embora todos saibam disso, não existe nada tão inexplicável.
Eu cheguei a uma conclusão a respeito da morte, depois de longos anos de experiências próprias e estudos em todas as áreas, incluindo diversas religiões, experiências parapsicológicas no Ocidente etc. Começarei minha explanação falando sobre a constituição humana.
O ser humano não é apenas a matéria que constitui o corpo físico, como afirmam os cientistas. Conforme já disse em outras ocasiões, ele é formado de espírito (elemento fogo) e corpo físico. Este, por sua vez, compõe-se dos elementos água e terra.
Entretanto, apenas com estes dois elementos, o ser humano não consegue atuar como um ser vivo. Juntando-se a eles o espírito, ou seja, o intangível elemento espiritual, é que a atividade vital passa a ocorrer. O espírito assume, então, a forma do corpo material da pessoa.
Denomina-se de morte o momento em que o elemento espiritual separa-se do corpo físico. E por que ocorre a separação? Porque existe uma ordem natural que leva à separação quando o corpo físico, seja por velhice, doença, ferimento, hemorragia intensa etc. fica impossibilitado de ser utilizado.
Com a morte, o corpo começa a esfriar. O fato de o sangue se coagular em determinado local é devido ao esfriamento decorrente da perda do elemento espiritual, isto é, do elemento fogo.
O que sucede, então, com o elemento espiritual? Ele vai para o Mundo Espiritual com a forma exata do corpo físico. A esse respeito li, há algum tempo, o relato de uma experiência vivida no Ocidente. Como se trata de um exemplo bem ilustrativo, vou reproduzi-lo a seguir.
[...] Em geral, o espírito se desprende do corpo por um dos três locais: pela testa, pela região umbilical ou pelos pés. A propósito, no caso de morte por explosão, por exemplo, instantaneamente ele se espalha em todas as direções, na forma de inúmeras partículas.
Logo depois, em movimento centrípeto, volta a se unir e reassume a forma do corpo humano, não diferindo nem um pouco da morte por doença.
Quando os espíritos se deslocam, por vontade própria, para determinado local, tomam a forma esférica para percorrer o espaço. O fenômeno hitodama visto por algumas pessoas refere-se a isto.
[...] Em nosso país, desde a antiguidade, registram-se casos verídicos desse tipo, e eu mesmo já tive inúmeras oportunidades de deparar-me com esses médiuns. Outrora, conheci uma senhora que tinha um extraordinário dom de clarividência, o qual me foi de grande valia nas experiências que realizei.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em 1939