Escritos Divinos

Ensinamento do dia

SOCIALIZAÇÃO DA ARTE (2ª PARTE)

Por: Meishu-Sama

Os objetos expostos [no museu de Belas-Artes de Hakone], que chegam a disputar espaço entre si, são raros e de excelente qualidade, fazendo com que as pessoas interessadas em belas-artes desejem apreciá-los, mesmo que por uma única vez.

Por conseguinte, imagino que a satisfação dessas pessoas seja realmente muito grande. Acrescente-se que o preço do ingresso também é acessível, fato que nos faz crer que podemos contribuir amplamente para o bem-estar social.

Outro aspecto positivo é que, quando o artista da atualidade deseja ver algum objeto de arte como referência para seus estudos, não encontra nenhum museu adequado, pois prevalecem os objetos arqueológicos e de cunho histórico. E, quando se trata de objetos de arte, estes são predominantemente budistas.

Os demais museus de belas-artes particulares têm exposto, sobretudo, a arte chinesa e a ocidental. Assim sendo, não existia nenhum museu de belas-artes verdadeiramente japonês.

Por esse motivo, até para a preservação de obras culturais de inestimável valor, que tendem a se dispersar, poderemos contribuir amplamente.

Outro dia, em visita ao nosso museu, o Sr. Assano, diretor do Museu Nacional [de Tóquio], e o Sr. [Kinji] Fujikawa, diretor administrativo da Comissão de Preservação do Patrimônio Cultural, disseram que nosso museu preenche as condições de que nosso país mais necessita atualmente, razão pela qual, além do reconhecimento, eles manifestaram irrestrito apoio e desejo de que nos empenhemos cada vez mais nesse sentido. De fato, isto constitui um grande estímulo para mim.

Para finalizar, gostaria de dizer, em especial, que, no futuro, grande número de turistas visitará o Japão. Como não existe quem não passe por Hakone, sem dúvida, esses turistas visitarão também nosso Museu de Belas-Artes.

Desse modo, ele será bastante útil no que se refere à melhoria do posicionamento cultural do Japão.

A propósito, estrangeiros de grande influência, tal como o professor Langdon Warner [1881–1955], nos têm solicitado visitas ao museu, de modo que chegará também o momento em que o museu será conhecido no exterior. Acho que não está muito longe o dia em que se tornará uma instituição japonesa reconhecida.

No desejo de corresponder a essa expectativa, atualmente estou-me esforçando continuamente no seu aperfeiçoamento como um todo.

Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 5

Publicado em 6 de agosto de 1952

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