O SIGNIFICADO DA CONSTRUÇÃO DO MUSEUDE BELAS-ARTES (2ª PARTE)
Por: Meishu-Sama
[...] o caminho que o Japão deve seguir daqui em diante é óbvio. Ou seja, se tiver isso como objetivo, (contribuir para elevação da cultura)creio que alcançará, sem dúvida, a paz e a prosperidade eterna.
Sabendo dessa verdade e baseado nesse pensamento, venho-me esforçando, já há algum tempo, nesse sentido.
Como medida concreta, primeiramente, projetei a construção de um pequeno Paraíso do Belo, com a intenção de apresentá-lo ao mundo.
Os locais que preenchem este requisito estão, sem dúvida, nas cidades de Hakone e Atami, evidentemente pela facilidade de transporte, pela beleza da natureza, pela existência de fontes termais e da excelência do clima e do ar.
Assim sendo, escolhendo, nessas duas cidades, locais sobretudo pitorescos, pensei em construir um ambiente ideal e artístico, unindo a beleza natural e a artificial.
Desse modo, finalmente consegui concluir, em Hakone, o protótipo do Paraíso Terrestre e o Museu de Belas-Artes.
A respeito disso, como é do conhecimento dos senhores, até hoje não havia, no Japão, nenhum museu de belas-artes tipicamente japonês. Existiam, sim, museus de belas-artes chinesas, de belas-artes ocidentais, de arte sacra, este último nas dependências do Museu Histórico, e outros.
A situação era que nem mesmo os japoneses podiam admirar as belas-artes do próprio país. Se um estrangeiro viesse ao Japão e quisesse apreciar obras de arte tipicamente japonesas, era impossível satisfazer seu desejo. Isso, creio eu, constitui uma grande falha por parte do Japão, que é considerado o país das belas-artes, não é verdade?
Portanto, se essa falha puder ser corrigida, mesmo que parcialmente pelo nosso museu, será para mim uma inesperada felicidade.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 5
Publicado em 9 de julho de 1952