ALIMENTAÇÃO E NUTRIENTES (1ª PARTE)
Por: Meishu-Sama
[...] Até cerca de quinze anos atrás, eu era um grande apreciador de carnes, e meu jantar consistia quase sempre em comida ocidental ou, eventualmente, em comida chinesa.
Esse tipo de alimentação, segundo a nutrição da atualidade, é o mais próximo do ideal. Naquela época, eu tinha cerca de trinta anos, e era tão magro que não passava de 50 quilos, um estado lastimável.
Para piorar, vivia resfriado, com problemas constantes de estômago e de intestino. Não havia um só mês em que eu não fosse ao médico.
Na tentativa de melhorar meu estado de saúde, experimentei, um por um, todos os tratamentos que estavam em moda na época, e mais outras práticas, como respiração profunda, banhos de água fria, meditação etc. Eles fizeram algum efeito, mas não a ponto de melhorar minha condição física.
Ao tomar conhecimento do aspecto desfavorável da alimentação à base de carnes, voltei a alimentar-me de comida japonesa, que consiste em hortaliças e peixes. Então, em cerca de três anos, meu peso aumentou e passou a oscilar entre 58 e 60 quilos; ao mesmo tempo, tornei-me resistente aos resfriados.
Acabei até esquecendo que sofria do estômago e do intestino e, finalmente, pude sentir a alegria de gozar de boa saúde. De lá para cá, e isso já faz mais de dez anos, tenho desenvolvido minhas atividades com boa resistência física.
Resolvi, então, experimentar segundo os meus critérios, o método em mais de dez pessoas da família, inclusive em meus seis filhos, e obtive bons resultados.
Felizmente, consegui banir do meu lar o fantasma da doença. O mais interessante foi que experimentei ministrar-lhes uma alimentação considerada desequilibrada pela falta de nutrientes.
Assim, determinei que minha esposa e os servidores oferecessem uma alimentação frugal às crianças.
Foi utilizado arroz 70% beneficiado, diversas hortaliças e, de vez em quando, peixe, mas apenas salmão salgado, sardinha seca e peixes comuns.
Além disso, oferecia arroz embebido em chá ou bolinho de arroz com sal acompanhados de picles japonês, ou ainda, bolinho de arroz envolto em alga marinha etc. Ou seja, oferecia-lhes, em grande quantidade, alimentos considerados de baixo valor nutricional do ponto de vista da nutrição.
O resultado foi surpreendente: durante o ensino fundamental, meus filhos foram bem avaliados tanto no aspecto físico quanto no nutricional.
Desde minha filha mais velha, de dezesseis anos, até o mais novo, de quatro anos, nenhum deles contraiu doença grave. Todos os anos, eles eram agraciados com prêmios de assiduidade, por não terem faltado um dia sequer às aulas.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em junho de 1935