[...] Atualmente, tanto as autoridades governamentais como os intelectuais não compreendem as questões espirituais e, consequentemente, acham que ensiná-las ao povo seria negar a cultura. É uma situação lamentável.

Nesse sentido, afirmam que somos supersticiosos, chegando ao ponto de prevenir as pessoas contra nosso trabalho, embora nosso intuito seja esclarecê-las a respeito do Mundo Espiritual. Na verdade, eles é que são muito supersticiosos.

A maior prova disso são os crimes, que não têm diminuído. Um exemplo é o crime de corrupção, apesar do empenho em reduzi-lo. Ao contrário, até parece que tende a aumentar.

Nada disso adianta, pois tentam remediar os crimes que vêm à tona com medidas frágeis e pouco eficazes, estabelecendo leis que podem ser transgredidas facilmente. Uma vez que não atingem o ponto vital, sinto até vontade de dizer que é uma ignorância que ultrapassa nossa imaginação.

Além do mais, as autoridades e os intelectuais pensam que isso é um país civilizado e se orgulham disso. São por demais infantis. Podemos dizer que, atualmente, estamos vivendo a era da selvageria cultural.

Por Meishu-Sama – Alicerce do Paraíso, vol. 5

Publicado em 26 de dezembro de 1951