AINDA QUE NÃO REPRESENTE NEM A MILÉSIMA PARTE DAS BÊNÇÃOS QUE ME CONCEDESTES, RECEBEI ESTA OFERTA COMO SÍMBOLO DE MINHA SINCERA GRATIDÃO
Por: Meishu-Sama
"Vou curá-lo, por isso tenha gratidão" ou "Se eu for curado, quero ter a permissão de ingressar na fé" – dizer isso ainda é tolerável. Há também quem diga: "Se eu sarar, farei o favor de ingressar na fé". Nesse caso, não se sabe quem é superior.
Na verdade, agradecer depois de ser curado, é o mesmo que utilizar Deus como empregado, pagando-Lhe um salário: "Fez esse trabalho, por isso vou-lhe pagar determinada quantia". Com tal procedimento, até mesmo Deus virará as costas. Esse é um ponto realmente difícil.
Por outro lado, a oferta monetária não deve ser recomendada a quem não tem sido muito agraciado. No passado, dentre os missionários de certa religião, alguns costumavam dizer às pessoas que estavam sofrendo com doenças que elas seriam salvas se oferecessem certa quantia.
Houve casos em que a pessoa ofertava a quantia pedida, não sarava e acabava morrendo. Nessas ocasiões, eu dizia que aquilo não era obra de Deus, mas dos Seus mensageiros, os quais estavam cometendo fraudes.
O correto é a pessoa, após ter recebido a graça, oferecer o donativo com verdadeiro sentimento de gratidão. Não se deve levá-la a fazê-lo de forma automática ou por imposição.
Esquecer as graças alcançadas, inclusive a vida salva, e gastar muito dinheiro em coisas fúteis, oferecendo pequenas quantias como agradecimento, está fora de lógica. Conforme afirmei outro dia, é preciso estar de acordo com a lógica.
Por Meishu-Sama – O Pão Nosso de Cada Dia, vol. 1 – poema 93
Publicado em 27 de maio de 1953