Escritos Divinos

Ensinamento do dia

GRAÇAS RECEBIDAS NESTA VIDA - (2ª parte)

Por: Meishu-Sama

[...] Desejo expor minha crítica sincera. Dos dois tipos de fé mencionados, o primeiro pode ser vulgar, mas a verdade é que ele influencia a massa popular mais do que podemos supor. Dado que a massa tem um baixo nível intelectual, nem princípios nem teorias lhe interessam.

Essas pessoas visitam santuários de vez em quando, fazem pedidos de graça e oferta monetária e se satisfazem com isso. Trata-se de uma fé muito simples, mas que, indiscutivelmente, influencia positivamente o sentimento.

Mesmo esse tipo de crença, como ele parte de uma visão espiritualista que acredita no invisível, certamente contribui para o bem social mais do que aquela que se baseia no materialismo. Afinal, uma pessoa que possui o sentimento de orar a divindades dificilmente cometerá crimes brutais a sangue frio.

O segundo tipo de fé, diferentemente do primeiro, é seguido por pessoas que, partindo do princípio que não se deve acreditar naquilo que não se vê, rejeitam a crença no invisível, considerando como superstição.

Parece que, atualmente, a maioria dessas pessoas pertence à classe intelectual. Naturalmente, uma vez que são materialistas, elas até lidam com as religiões, mas como uma forma de estudo. Consequentemente, quando discutem o assunto, não o aceitarão se não o colocarem em termos teóricos e filosóficos.

A nosso ver, seus argumentos são extremamente superficiais, e as críticas que fazem à nossa religião não passam de comentários maledicentes.

Para se analisar verdadeiramente uma religião, é preciso nela se aprofundar e, com olhar aguçado, ver como de fato ela é. Nesse caso, deve-se abandonar completamente a subjetividade, sem se deixar levar por ideias preconcebidas.

Originariamente, a essência de uma religião não está em sua forma, mas em seu conteúdo. Portanto, é necessário que os intelectuais mudem de postura ao tecer suas críticas.

[...] Se fizerem uma profunda análise da nossa religião, compreenderão que ela não só é de caráter popular, mas também teórica. Podemos dizer mesmo que é uma ultrarreligião jamais antes experimentada pela humanidade. E não é só isso. O que defendemos não se limita à religião.

Estamos lançando as mais altas diretrizes referentes ao campo da medicina, da agricultura, da arte, da educação, da economia, da política; enfim, a todas as atividades desenvolvidas pelo ser humano.

Em suma: queremos demonstrar concretamente a teoria de que fé e vida cotidiana são indissociáveis.

Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 2

Publicado em 8 de novembro de 1950

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