A VITÓRIA DO CULTIVO NATURAL: A FORÇA DO SOLO - A superstição do adubo
Por: Meishu-Sama
[...] Esclarecendo melhor o assunto, o fato de as plantas parecerem fracas durante dois ou três meses se deve à presença de toxicidade dos adubos tanto no solo quanto nas sementes.
Com o passar dos dias, essa toxicidade vai sendo eliminada, e o solo e a plantação tendem a melhorar, restabelecendo-se a capacidade original de ambos.
Acho que esta teoria é perfeitamente compreensível para os agricultores, pois eles sabem que, após o acréscimo de água do campo do arrozal ou uma chuva forte, mesmo nos arrozais alagados em estado já degradado, sobrevêm certas melhoras.
Isso ocorre porque o excesso de toxicidade dos adubos foi lavado e reduzido. Quando o desenvolvimento das plantas não é bom, os agricultores costumam repor terras de outras localidades ao solo e, com isso, se observa uma ligeira melhora.
Os agricultores acham que, com as sucessivas e contínuas plantações, o solo foi-se tornando pobre devido à absorção de seus nutrientes pelas plantas e que por esse motivo, a melhora sobrevém com a reposição de novas terras.
Todavia, isso é um equívoco, pois o solo se enfraqueceu e tornou-se pobre em decorrência da toxicidade dos adubos utilizados, ano após ano.
Por intermédio dessa interpretação, podemos perceber facilmente o quanto os agricultores estão influenciados pela superstição do adubo. [...]
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 5
Publicado em 22 de novembro de 1950