Tenho 19 anos e tive a permissão de nascer em um lar messiânico. Desde pequena, o Johrei esteve presente em minha vida.
Meu avô paterno foi membro pioneiro da igreja, tendo recebido o Ohikari (Medalha da Luz Divina) no Rio de Janeiro, em 1969.
Ele sempre foi um grande ministrante de Johrei e era carinhosamente conhecido como senhor Cura, devido aos inúmeros casos de curas de doenças e a outros milagres vivenciados pelas pessoas a quem ele prestava assistência religiosa.
Cresci ouvindo suas histórias de milagres com o Johrei, e creio que isso consolidou em mim desde cedo a fé na transmissão da Luz Divina.
Hoje, gostaria de compartilhar minhas experiências mais recentes com o recebimento de Johrei e as práticas básicas da fé messiânica.
Aos nove anos de idade, iniciei a prática de esportes. Apaixonei-me pelo vôlei desde o primeiro dia e decidi que queria isso para a minha vida.
Cheguei a jogar em alguns clubes, mas não me sentia satisfeita. Então, em 2017, comecei a procurar colocação em um time mais competitivo.
Intensifiquei as dedicações com o intuito de alcançar esse objetivo. Ia ao Johrei Center em média quatro vezes por semana, lia os Ensinamentos e participava de todas as atividades da igreja.
Contudo, no mês de dezembro de 2018, época das seletivas de avaliação para os times, sofri um acidente doméstico: caí da escada e desloquei o ombro esquerdo.
Naquele momento, pensei que todas as chances tinham ido por água abaixo.
Os exames detectaram que os ligamentos foram rompidos e havia uma pequena fratura. Informaram-me que o caso seria cirúrgico.
O médico imobilizou meu ombro e disse para eu ficar de repouso. Contudo, salientou que se eu não fizesse a cirurgia, poderia não voltar a jogar.
Desde pequena sempre dediquei, mas nunca havia feito um desafio de Johrei, e sempre me questionava: "Como vou divulgar o Johrei, se não tenho nenhuma vivência pessoal que me traga essa convicção que sempre ouço nas experiências de fé?"
Foi após esse acidente que percebi que precisava sair da zona de conforto. Fui ao altar do lar e fiz uma oração em que comunicava a situação a Meishu-Sama.
Tomei a decisão de, antes de tudo, praticar os Escritos Divinos.
Durante três meses ia diariamente ao Johrei Center. Chegava de manhã e ficava até à noite recebendo Johrei e lendo os Ensinamentos. Recebi total apoio dos membros, que se preocupavam com meu almoço e cuidavam de mim.
Senti-me agraciada por fazer parte da família messiânica e não precisei tomar nenhum remédio para dor.
Fazia tratamento com a fisioterapeuta que, ao notar a rápida evolução do quadro, disse para eu retornar ao médico, pois em sua opinião, o ombro já se recuperara.
Retornei ao médico que, após avaliação clínica, afirmou que surpreendentemente meu ombro estava em perfeitas condições. Assim, fui liberada para voltar aos treinos.
Contudo, o médico alertou que eu deveria tomar cuidado, pois a possibilidade de uma nova lesão era alta.
Estava muito feliz e grata a Meishu-Sama. Mal podia acreditar no grande milagre recebido. Poderia voltar a correr atrás do meu sonho de jogar voleibol profissionalmente.
Voltei aos treinos, conciliando com as dedicações. Contratamos uma agência de intercâmbio esportivo, que auxilia atletas a encontrar universidades nos Estados Unidos para estudar e jogar.
Devido à minha posição em quadra, fui alertada que seria muito difícil ter minha solicitação atendida.
Entretanto, para a surpresa de todos, após enviar a alguns técnicos vídeos meus, do final de 2019 até o início de 2020, apareceram quatro propostas de faculdades dos Estados Unidos.
Contudo, logo teve início a pandemia de Covid-19, e fiquei apreensiva de não poder aproveitar essa oportunidade tão aguardada.
Uma vez que os treinos haviam sido suspensos, intensifiquei as práticas básicas no lar.
Fiz um objetivo de ler os cinco volumes da coletânea Alicerce do Paraíso e aumentei o recebimento e ministração de Johrei à família.
Com a flexibilização das restrições em relação à pandemia, ia ao Johrei Center dedicar sempre que podia.
Em setembro de 2020, participei de um aprimoramento no Solo Sagrado de Guarapiranga. Foram dez dias de muita dedicação e oração, em que tive a oportunidade de entregar as preocupações a Meishu-Sama e desapegar.
Compreendi mais a respeito da dimensão da Igreja Messiânica e quão grandiosa é a obra de Meishu-Sama.
Após esse período, posso afirmar que minha fé em Meishu-Sama se tornou inabalável.
Consegui ter clareza para optar por uma das propostas recebidas das universidades, a que me pareceu mais adequada.
Minha viagem estava prevista para janeiro de 2021, porém com as burocracias decorrentes da pandemia, ela foi adiada para agosto.
No dia do Culto do Paraíso, um mês e meio antes da viagem, tropecei na escada e torci o tornozelo direito.
Após exames e consulta, o médico disse que seria praticamente impossível recuperar-me a tempo.
Vale ressaltar que o primeiro jogo seria uma semana depois da minha chegada à faculdade.
Mesmo sentindo dor e temendo não jogar, sabia que a purificação era para limpar meu corpo e espírito para essa nova fase.
Motivada pela experiência que vivenciara com o ombro por meio do recebimento intensivo de Johrei, tomei a decisão de me entregar novamente à atuação da Luz Divina.
O grupo de jovens me deu grande apoio, prestando assistência religiosa e eu recebia Johrei o dia inteiro, em casa.
Quando já podia andar, dirigia-me ao Johrei Center.
Após um mês, o tornozelo já se restabelecera sem medicação, e retomei os treinos duas semanas antes de viajar.
Novamente percebi a força do Johrei e senti profunda gratidão por mais um milagre recebido.
Finalmente, o dia da viagem chegou. Meu coração estava cheio de alegria e gratidão por tudo o que tive permissão de viver.
Percebi como foram importantes os aprimoramentos e as purificações para que me tornasse mais forte e preparada, e com maior convicção no sagrado Johrei e nos Ensinamentos de Meishu-Sama.
Atualmente jogo e estudo no Lincoln College, no estado de Illinois, onde fui muito bem acolhida e recebida pelos professores, técnica e amigos.
O treino e os jogos são em alta performance e exigência física. Mesmo assim, nunca mais senti dor ou incômodo no ombro ou no tornozelo. É como se nunca tivesse sofrido uma lesão.
Estou me empenhando para divulgar o Johrei aos colegas de time. Alguns deles se interessaram em aprender a língua portuguesa e me pedem para ensiná-la.
Nessas ocasiões, utilizo os Ensinamentos de Meishu-Sama para fazê-lo.
Em dezembro a faculdade entrou em recesso, e vim ao Brasil para passar as festas com a família e peregrinar ao Solo Sagrado de Guarapiranga para agradecer por tudo que eu estou vivendo, no Natalício de Meishu-Sama!
E qual não foi a felicidade ao saber que minha experiência de fé foi selecionada para ser relatada no culto de janeiro.
Após essas vivências, pude comprovar a importância do Johrei e do empenho que devemos fazer para sermos úteis às pessoas através da canalização da Luz Divina.
Agradeço a Deus, a Meishu-Sama e aos antepassados a permissão de mudar meu destino por meio das práticas básicas da fé messiânica.
Comprometo-me a continuar servindo e divulgando a Obra de Meishu-Sama onde eu estiver por meio do Johrei e dos Escritos Divinos.
Muito obrigada.
