Bom-dia a todos!
Tenho 44 anos, sou casada e tenho um filho de cinco anos.
Gostaria de compartilhar como o servir a Meishu-Sama junto aos jovens me salvou e deu sentido à minha vida.
Quando eu era criança, minha mãe sofria de depressão.
Constantemente, meu pai a deixava em casa com os quatro filhos pequenos e saía para se divertir com os amigos.
Essa postura, além de intensos conflitos familiares, gerava muitas dificuldades financeiras, a ponto de termos a luz e a água cortadas inúmeras vezes por falta de pagamento.
Cresci vivenciando essa realidade e desenvolvi uma grande raiva de meu pai.
Na adolescência, comecei a sair, a fumar, a beber e a usar drogas descontroladamente.
Parei de estudar e, mesmo sem trabalho, gastava o que tinha e o que não tinha com festas e vícios.
Revoltei-me contra os meus pais e só os procurava para pedir dinheiro; quando não o ganhava, criava brigas horríveis.
A família sofria muito, pois via minha degradação a cada dia. Mesmo rodeada de pessoas, sentia-me solitária e com um grande vazio.
Por volta dos 19 anos, já com o corpo e o espírito exaustos, pedi a Deus que mostrasse um caminho que me ajudasse a sair daquele estado.
Em busca de respostas, lia sobre filosofia, espiritismo, budismo, e frequentei templos de diversas religiões.
Até que um dia, em julho de 1999, um amigo messiânico me convidou para conhecer a igreja.
Recebi mais de uma hora de Johrei, em que tive uma forte dor de cabeça que cessou logo após o recebimento.
Saindo da igreja, fui encontrar as amigas. Ao tomar o primeiro copo de cerveja, fiquei enjoada e corri para vomitar. Isso nunca ocorrera.
A partir de então, bebia apenas socialmente.
Na igreja, senti-me muito acolhida. Passei a frequentar a unidade quase todos os dias; fui conhecendo os Ensinamentos de Meishu-Sama, identifiquei-me com a filosofia messiânica e com os jovens.
Eles eram como eu: com diversos problemas, dificuldades, mas, principalmente, buscavam tornar-se pessoas melhores.
Com o Johrei, a atitude em relação aos meus pais começou a mudar.
Compreendi que não tinha o direito de julgá-los; senti a necessidade de pedir perdão e dizer o quanto eu os amava.
Decidi abrir-me e dividir com eles a transformação em minha vida.
A partir de então, nosso relacionamento se transformou, dando lugar ao respeito e à gratidão.
Comecei a abraçar e a beijá-los, demonstrando carinho e afeto.
Essa atitude influenciou meus irmãos, que passaram a agir da mesma forma.
Eu estava mais serena, alegre e otimista; o desejo de usar drogas diminuiu naturalmente e, em poucos meses, parei de consumi-las, bem como o cigarro.
Para retribuir o bem que estava recebendo, desejei transmitir a Luz do Johrei. Assim, em setembro de 1999, recebi o Ohikari (Medalha da Luz Divina).
Dez dias depois, cheguei em casa à noite e encontrei meu pai dormindo no sofá. Senti vontade de ministrar-lhe Johrei e o fiz ali mesmo, durante trinta minutos.
No dia seguinte, já era quase meio-dia e ele ainda não se levantara.
Ministrei-lhe mais uma hora de Johrei e, logo depois, meu irmão mais velho encontrou uma carta de despedida em seu bolso.
Nela, ele revelava estar com uma dívida de sete anos de IPTU e que nossa casa iria a leilão.
Uma vez que ele não atendia aos nossos chamados, ligamos para uma ambulância.
Após sua remoção para o hospital, muito abalada, dirigi-me à igreja.
No caminho, encontrei alguns amigos da antiga turma. Contando o que se passara, eles lamentaram o ocorrido e me chamaram para beber.
Recusei e segui rumo à unidade religiosa.
Lá, encontrei os amigos messiânicos, que prontamente me acolheram, fizeram oração para o meu pai e foram ministrar Johrei à minha família.
Essa diferença de atitude foi crucial para despertar em mim o desejo sincero de ser um agente transformador na vida das pessoas por meio do Johrei e das práticas messiânicas.
Graças a Deus e a Meishu-Sama, meu pai sobreviveu. Quando saiu do hospital, passei a ministrar-lhe Johrei diariamente.
Depois de recuperado, negociou a questão do IPTU junto à prefeitura, parcelando a dívida em prestações, praticamente sem a incidência de juros.
Com as sucessivas graças, o compromisso com Meishu-Sama se consolidava cada vez mais.
Em 2000, tornei-me responsável de jovens.
Recebi uma listagem com mais de cinquenta nomes de jovens que estavam afastados.
Sendo assim, fazia oração por eles no Altar, ligava convidando-os para as atividades na igreja, entrevistava-os, ministrava-lhes Johrei e levava-os para prestar assistência religiosa.
Dessa forma, tive a oportunidade de reconduzir diversos jovens, bem como de encaminhar várias pessoas à Obra Divina.
Em 2005, comecei a trabalhar na Igreja Messiânica, em Belo Horizonte, cidade onde nasci.
Após dois anos, integrei a terceira turma do Programa de Formação Johvem 3.
Minha mãe retornou ao Mundo Espiritual em 2009, e sou grata por ter resgatado nossa relação antes da sua partida.
Três anos depois, fui transferida para a Secretaria Johvem da Sede Central do Brasil, em São Paulo.
Em julho de 2023, meu marido foi outorgado com o Ohikari, na mesma cerimônia em que o nosso filho recebeu o Shoko (Medalha de Proteção para Crianças).
Hoje, possuo uma família estruturada e usufruo de harmonia, saúde e prosperidade.
Reconheço que essa mudança de destino é fruto do servir sincero à Obra Divina, e de tudo que aprendi dedicando, principalmente, na Estrutura Johvem da Igreja Messiânica, que fez parte da minha formação missionária, possibilitando-me ser útil ao próximo e me deu um propósito de vida.
Sou profundamente grata a Deus, a Meishu-Sama e aos antepassados, por me guiarem e nunca desistirem de mim.
Muito obrigada.
ABR 2024
Experiência de fé do Culto Mensal de Agradecimento dedicado aos Jovens
"Como o servir a Meishu-Sama junto aos jovens me salvou e deu sentido à minha vida"
Fernanda Ezilda Vieira Lima Bademian
IGREJA MOGI DAS CRUZES - SP
- Por: Secretaria Experiência de Fé
- Editoria: Culto Mensal