Bom-dia a todos!
Tenho 29 anos e me tornei messiânica aos 16, encaminhada por uma amiga.
Posteriormente, conduzi meus pais e uma irmã à Igreja.
Gostaria de compartilhar como o servir à Obra Divina me deu forças para ultrapassar um momento de intensa purificação e ressignificar o sentimento em relação ao meu pai.
Ele, atualmente com 63 anos, desde jovem, fazia uso abusivo de bebidas alcoólicas.
As consequências desse comportamento eram sentidas pela família através de conflitos, problemas financeiros e constante preocupação com a sua segurança e saúde.
Não me recordo de vivenciar momentos de diversão com ele, e os instantes agradáveis em família eram raros.
Nutria mágoa por conta dessa situação, e nossa relação era fria e distante.
Após ingressar na fé messiânica, passei a refletir sobre esse sentimento e a me esforçar para modificá-lo.
Assumi diversas dedicações; fiz os Cursos de Formação Missionária Níveis 1, 2 e 3, e cada vez mais aumentava o compromisso para com a Obra Divina.
No entanto, por mais que eu buscasse, não me libertava totalmente dos ressentimentos, e isso me entristecia muito.
Em março de 2022, ingressei no Programa de Formação Johvem 3. No mês seguinte, tornei-me responsável de jovens da unidade religiosa.
Meu objetivo era qualificar-me como missionária e servir à Obra Divina, com mais experiência e convicção.
Mal sabia eu que, para tanto, em breve, Meishu-Sama proporcionaria o maior aprimoramento da minha vida.
Em junho de 2022, estava em uma aula do Johvem 3, quando recebi a notícia de que meu pai sofrera um AVC.
O estado era grave, e ele ficou internado por dez dias.
Uma vez que não foi autorizada a permanência de acompanhante, eu e minha mãe nos revezávamos para lhe ministrar Johrei o máximo possível durante as visitas.
Após esse período, ele retornou a casa com muitas sequelas: confusão mental, perda de mobilidade, deficiência na visão e escaras (feridas na pele como consequência da necrose dos tecidos).
Dependia dos outros para tudo, incluindo alimentação e higiene pessoal.
Ao vê-lo nesse estado, por mais que houvesse a mágoa e o ressentimento, refleti sobre a posição de filha e de missionária que deseja seguir os passos de Meishu-Sama.
Desse modo, comprometi-me a cuidar dele com todo amor e sinceridade.
Trabalhava de casa e ministrava-lhe, no mínimo, duas horas de Johrei diariamente.
Limpava suas feridas, dava banho, oferecia comida e o que mais precisasse.
Com as atribuições profissionais e a assistência a meu pai, não podia estar presente com tanta frequência à unidade, o que me fazia muita falta.
Mesmo assim, me empenhava para seguir com as dedicações e cumprir minha missão.
Ia ao Johrei Center pelo menos uma vez por semana e contava com o apoio da equipe de jovens para que as atividades continuassem a ocorrer.
Ao mesmo tempo, intensifiquei a leitura dos Escritos Divinos e me empenhava o máximo possível na oferta da gratidão monetária. Assim, por meio das práticas messiânicas e dos Ensinamentos de Meishu-Sama, ganhava forças para continuar.
Pouco a pouco, passei a ver meu pai de forma diferente. Mesmo não me esquecendo de tudo o que ocorrera no passado, ao invés de julgar suas atitudes, buscava compreender e respeitar os processos que o levaram até ali.
Pude treinar a paciência e despertei a gratidão por ele ter cuidado de mim e da família.
Reconheci seus pontos positivos e pude restaurar nossa relação. Tratava-o com mais carinho e afeto.
Além disso, reconheci que, por meio de sua purificação, ele estava eliminando nossas nuvens espirituais e as dos antepassados.
Quatro meses depois, em outubro de 2022, ele teve uma segunda internação, pois a escara na região sacral fora infectada por uma bactéria que não respondia aos antibióticos.
Entrou em um quadro de infecção generalizada, foi perdendo os sinais vitais, precisou usar oxigênio e quase sofreu uma parada cardíaca.
Após treze dias hospitalizado, os médicos chamaram os familiares e informaram que, por estar muito debilitado fisicamente, a probabilidade de sobrevivência era mínima, e que a qualquer momento ele poderia deixar de apresentar atividade cerebral.
Na ocasião, passei a noite no hospital e ministrei-lhe mais de oito horas de Johrei.
Mesmo estando inconsciente, conversei com ele e pedi-lhe perdão por qualquer coisa que pudesse tê-lo magoado.
Disse que o amava e que, independentemente do que ocorresse, ele poderia ficar tranquilo, pois Deus estava no comando de tudo.
Pela manhã, inesperadamente ele despertou.
A partir de então, o quadro foi-se estabilizando e os medicamentos, reduzidos.
Os médicos ficaram impressionados com a melhora repentina, e ele teve alta após vinte e um dias de internação.
Meu pai continuou recebendo assistência intensiva dos familiares e membros.
Nessa época, realizávamos reuniões de Johrei no lar semanalmente.
Um colega, com quem ele bebia no bar, começou a participar dos encontros.
Passou a frequentar o Johrei Center, peregrinou ao Solo Sagrado de Guarapiranga e ingressou na fé messiânica em dezembro de 2022.
Ao longo dos meses, meu pai foi-se restabelecendo gradativamente: a fala, a cognição, a coordenação motora e o ânimo apresentaram melhora.
Após participar de uma Imersão da Agricultura Natural no Solo Sagrado, eu e minha mãe decidimos suspender o consumo de itens processados e oferecer-lhe prioritariamente produtos isentos de agrotóxicos e aditivos.
Com a prática intensiva do Johrei e da alimentação rica em energia espiritual, o corpo ganhou forças, e o processo de cicatrização das feridas se acelerou.
Além disso, entendi a missão delas para a eliminação das toxinas medicamentosas ingeridas por anos.
Atualmente, meu pai não consome bebidas alcoólicas; locomove-se com a cadeira de rodas; fala e entende tudo muito bem.
Ele vai ao Johrei Center e ao Solo Sagrado, bem como ministra Johrei no lar.
Nosso convívio está excelente, e possuímos uma verdadeira relação entre pai e filha, como sempre desejei.
Em outubro de 2023, casei-me e tive a felicidade de ser conduzida ao altar por ele, guiado na cadeira de rodas por meu irmão mais velho.
Foi um momento de profunda emoção!
Agradeço imensamente a Deus, a Meishu-Sama e aos antepassados pela força concedida para superar esses desafios, ajudar no restabelecimento de meu pai e restaurar nossa relação.
Com essa experiência, fortaleci a fé, a convicção e o compromisso para com a Obra Divina, reconhecendo mais do que nunca, Meishu-Sama como meu Salvador.
Muito obrigada.
JAN 2024
Experiência de fé do Culto de Ano-Novo e de Fundação da Igreja Messiânica Mundial
"Fortaleci a fé a convicção no Johrei e reconheço Meishu-Sama como o meu Salvador"
Camila Izabel de Almeida Santos
IGREJA ABCDM - JC SÃO CAETANO - SP
- Por: Secretaria de Experiência de Fé
- Editoria: Culto Mensal