Bom-dia a todos!
Sou messiânica há quatorze anos e dedico na Igreja Jacarepaguá, Rio de Janeiro.
Gostaria de compartilhar como o servir sincero e incansável à Obra Divina, realizando as práticas messiânicas e cuidando de pessoas, transforma a nossa realidade e nos tira do nível infernal, possibilitando, gradativamente, a conquista de uma vida paradisíaca.
Cresci em um lar desestruturado, marcado por conflitos constantes.
Inicialmente as brigas eram entre meus pais. Após a separação deles, quando eu tinha três anos, perdi totalmente o contato com meu pai e nutria muita mágoa por ele.
A relação familiar era fria e distante. Essa situação me deixava totalmente desorientada e triste, e cheguei a pensar diversas vezes em tirar a própria vida. Estava cansada e não via como sair do sofrimento.
Já na fase adulta, os conflitos se estenderam aos meus relacionamentos amorosos e acreditava que nunca seria feliz nesse campo.
Conheci a fé messiânica por intermédio de uma amiga que me convidou para ir ao Solo Sagrado de Guarapiranga no ano de 2008.
Ela disse: "Você quer ir comigo a um lugar muito bonito?" Aceitei prontamente.
Ao receber o primeiro Johrei, enquanto aguardávamos o ônibus da caravana, vi um senhor japonês sorrindo para mim e senti uma paz indescritível. Instantes depois, ao ver a foto no Altar, vim a saber que se tratava de Meishu-Sama.
Ao chegar ao Solo Sagrado, tive a certeza de que a Igreja Messiânica era o meu lugar. Na segunda-feira seguinte, procurei a unidade religiosa e passei a frequentá-la.
Um mês depois, em 30 de março de 2008, recebi o Ohikari (Medalha da Luz Divina).
Eu sofria de uma inflamação crônica na garganta desde a infância e, praticamente todos os meses, tinha crises. Fazia uso de antibióticos, mas a situação permanecia a mesma.
Logo que me tornei membro, tive uma grande crise inflamatória. Fui orientada pelo ministro a experimentar ultrapassar a purificação com o recebimento do Johrei.
Recebi assistência religiosa intensiva dos membros que me visitavam. Era Johrei, água e repouso. Estava tão enfraquecida que não ficava de pé devido à febre muito alta e à falta de apetite.
Após sete dias eliminando bastante secreção, restabeleci-me por completo e nunca mais tive crise de garganta. O Johrei me curou definitivamente.
Posteriormente, mesmo passando por outras purificações − H1N1, dengue, enxaquecas, gripes −, todas foram ultrapassadas apenas com o recebimento do Johrei.
Tudo isso serviu para que a convicção no Johrei e nos Ensinamentos de Meishu-Sama se consolidasse.
Ainda tinha muita mágoa no coração, mas por meio do estudo dos Ensinamentos aprendi que precisava mudar.
Busquei orientação com o ministro, que recomendou entregar-me ao servir para me fortalecer e vivenciar esse processo dentro de mim.
Na época, morava com minha irmã e ministrava-lhe Johrei frequentemente. Prestava muita assistência religiosa e tive a oportunidade de vivenciar inúmeras experiências.
Desde o ingresso na fé, mesmo nos momentos de dificuldade financeira, ofertava o donativo de gratidão diário e mensal.
Por meio dessas práticas, gradativamente me sentia mais grata e feliz.
Tive a permissão de peregrinar aos Solos Sagrados do Japão pela primeira vez com apenas um ano de membro. Recebi de forma inesperada uma quantia de presente da minha mãe, o que foi uma grande surpresa.
Em 2009, após participar de um aprimoramento sobre relacionamento, percebi o quanto eu era ingrata aos meus familiares, pois nunca havia reconhecido o empenho que fizeram para cuidarem de mim.
Foi então que, diante do Altar, pedi a Meishu-Sama para reencontrar meu pai. Três semanas depois, o número do telefone dele chegou às minhas mãos por intermédio de um familiar.
Tive de passar por cima do orgulho e dos ressentimentos para ligar para ele. Conseguimos nos encontrar após vinte e quatro anos. Foi um momento difícil e, ao mesmo tempo, emocionante.
Com a prática constante da oração, do Johrei e do encaminhamento de pessoas, reconheci que eu não era vítima das circunstâncias e limpei meu coração.
Quando decidi mudar verdadeiramente os sentimentos e recorri a Deus, entregando-me ao servir à Obra Divina, ganhei força para superar as dificuldades e eliminar a afinidade com os conflitos.
Hoje sou muito grata e convivo em paz com meu pai e toda a minha família.
Inclusive ontem, em conversa pelo telefone com meu pai, para comunicá-lo sobre o relato de hoje, eu senti no meu coração uma vontade muito grande de pedir-lhe perdão pela infelicidade que porventura eu pudesse ter causado a ele.
Então, pela primeira vez, meu pai me pediu perdão.
Ele disse assim: "Minha filha, mil perdões por eu não ter sido o pai que você merecia mas a boa nova é que, ainda temos tempo para compartilhar o nosso tempo juntos nesta vida."
Acredito que foi a dedicação que levou luz aos antepassados e nos permitiu migrar nossos sentimentos para a era do dia.
Em 2012, foi entronizado o Altar da Luz Divina no lar e, no ano seguinte, tive a permissão de peregrinar novamente aos Solos Sagrados do Japão. No mesmo período, conheci meu marido e fomos ao Japão em 2014.
Em 2017 iniciei o doutorado em psicologia em uma instituição federal, sendo contemplada com uma bolsa de estudos.
Em mais de uma década acompanhando o sofrimento do próximo, presenciei muitas graças e milagres, e tive a permissão de encaminhar mais de 150 pessoas à fé messiânica, dentre elas, uma irmã, minha avó materna, meu esposo e minha mãe.
Em 2021, fui indicada para fazer a prova de qualificação sacerdotal. Passei no exame e recebi o título de ministra assistente em maio deste ano.
Atualmente, concilio o servir com o trabalho e as tarefas do lar de forma harmoniosa.
Cuido de 261 lares com três assistentes de ministro e 26 assistentes de família, totalizando 387 membros.
Compreendi que tudo o que passei foi importante para o meu crescimento e elevação espiritual.
Saí do nível de sofrimento e aprendi a purificar pelo servir sincero e constante à Obra Divina.
Agradeço a Deus, a Meishu-Sama, aos meus Antepassados e, especialmente aos meus familiares, de quem sinto muito orgulho.
Renovo o compromisso de me empenhar para formar pessoas que compartilham do sentimento de salvar o próximo e contribuir para a concretização do Paraíso Terrestre.
Muito obrigada.
JUL 2022
Experiência de fé do Culto Mensal de Agradecimento
"Entregando-me ao servir à Deus, pude eliminar a afinidade com os conflitos."
Daniele Borges de Mello dos Santos
Igreja Jacarepaguá
- Por: Secretaria Experiência de Fé
- Editoria: Culto Mensal