Bom-dia a todos!
Hoje vou compartilhar minha história de vida, que foi transformada após o encontro com Meishu-Sama e Sua Divina Obra.
Minha mãe se casou aos 13 anos de idade. Aos 19, ficou viúva com três filhos pequenos: meu irmão com três; uma irmã, com dois, e eu, com um ano.
Precisando prover o sustento e sem condições de criar os filhos, ela nos colocou em um orfanato.
Cerca de seis anos mais tarde, após muito esforço, obteve condições mais favoráveis, comprou uma pequena casa e retomou nossa guarda.
Aos oito anos, empreguei-me como babá, aproveitando os conhecimentos que adquirira no orfanato.
Aos 13, nós nos mudamos para São Paulo e logo, fui trabalhar em uma empresa de cerâmica.
Nossas condições não eram fáceis. Diante do ritmo de vida que levava, minha mãe vivia irritada e sem paciência, o que gerava muitos conflitos no lar.
Desejando fugir daquela situação, casei-me aos 17 anos.
Como meu serviço garantia parte da renda familiar, minha mãe entrou em dificuldades financeiras, que a deixavam ainda mais ansiosa, e passou a apresentar tremores nervosos.
Em 1977, já como cabelereira, uma cliente, vendo seu sofrimento, convidou-a para ir à Igreja Messiânica, que ela começou a frequentar assiduamente.
Com o recebimento de Johrei, sentiu-se mais calma, os tremores cessaram, e ela ingressou na fé ainda naquele ano.
Assim, toda vez que eu ia visitá-la, recebia Johrei.
Certo dia, em 1981, ela me convidou para participar de um culto vesperal na igreja.
Fiquei encantada com a oração em japonês e com a atmosfera do local.
Então, decidi frequentar a Casa de Reunião do bairro onde morava, levando os dois filhos ainda pequenos.
Em 23 de maio de 1981, recebi o Ohikari (Medalha da Luz Divina).
Ministrava Johrei aos filhos e falava sobre Meishu-Sama às pessoas que encontrava, principalmente àquelas que se queixavam de algum problema.
Como eu já enfrentava conflitos no casamento, a total entrega nas dedicações incomodou o esposo, que fazia de tudo para me impedir de ir à igreja.
Quando eu saía para ir aos cultos, sábado à noite, ele dizia que me mataria quando retornasse.
Na igreja, eu orava para Meishu-Sama: "Não deixa ele me matar, porque eu não estou fazendo nada de errado".
Regressando a casa, parecia que nada havia ocorrido.
Servindo a Meishu-Sama, finalmente, encontrei propósito e alegria em viver.
Em 1986, não suportando mais a vida conjugal, me separei, mesmo sem a concordância do esposo.
Mudei-me com as crianças para Rio Claro. Lá, dedicava prestando assistência religiosa, fazia visita aos membros e frequentadores e conduzia reuniões de Johrei nas cidades vizinhas, acompanhando uma ministra.
Alguns meses depois, fui surpreendida com um depósito de expressiva quantia na conta bancária.
Fora o ex-marido, e o valor se referia à pensão das crianças que, até aquele momento, elas nunca haviam recebido.
Desde então, fez os depósitos mensalmente, respeitando a separação.
No ano seguinte, minha mãe sofreu um infarto e foi hospitalizada. No dia da alta, um amigo da família a buscou e a levou à minha casa.
A partir de então, ele ia com frequência nos ver para acompanhar a recuperação dela.
Essa proximidade estreitou nossa amizade até o dia em que ele me pediu em casamento.
Antes de aceitar, tive uma conversa bem séria com ele, e o alertei sobre a importância da Obra Divina em minha vida, e que se ele tentasse me impedir de dedicar, não poderíamos ficar juntos.
Felizmente, ele disse que queria casar-se comigo, pois eu era missionária e desejava apoiar-me.
Assim, em maio de 1989, mudei-me com os filhos para sua casa em São Paulo. No mesmo ano, ele se tornou messiânico.
Ao chegar à nova moradia, entrei em contato com o ministro responsável pelo local, apresentei-me e me ofereci para dedicar.
Ele me entregou uma lista com os nomes e endereços de alguns membros do bairro para eu visitar e auxiliá-lo nas reuniões de Johrei do setor.
Sempre com a assistência incondicional do marido, oferecia Johrei aos vizinhos e, em pouco tempo, criei um Ponto de Johrei na garagem da nossa casa, que funcionava às quintas-feiras das 13 às 18 horas.
Lá, formamos 47 membros. Quatro anos mais tarde, inauguramos a Casa de Johrei Itaim Paulista.
Vivi inúmeras experiências que consolidaram a fé e a formação missionária.
Uma vizinha, cujo esposo não podia gerar filhos, engravidou a partir do momento em que recebeu Johrei.
Este foi um grande milagre para essa família, mas também para nós, pois meu esposo tinha o mesmo problema e o desejo enorme de ser pai.
Graças a essa assistência, também recebemos a mesma graça: nosso filho Pedro, hoje com 31 anos.
Em 1998, tive a grande permissão de receber o título de ministra assistente.
Em junho do ano seguinte, nós nos mudamos para o município de Barreiras na Bahia, cidade natal de meu marido.
Formei uma missionária que ficou como responsável do Johrei Center Itaim Paulista e, em 2001, ela se tornou ministra assistente.
Chegamos à Bahia com o mesmo espírito de servir e desejo de expandir a Obra Divina.
Uma vez que não havia unidade religiosa, logo iniciamos a difusão pioneira na cidade.
Muitos familiares de meu marido foram encaminhados e constantemente realizávamos reuniões de Johrei nos lares.
Meu esposo retornou ao Mundo Espiritual em setembro de 2002.
Continuei residindo com os filhos em Barreiras, pois tinha o firme propósito de abrir uma unidade religiosa na cidade.
Assim sendo, dois anos mais tarde, já havíamos formado quase 100 novos membros e, em julho de 2004, foi inaugurado o Johrei Center Barreiras.
Às vésperas do evento, um episódio marcou a todos.
Quando chegamos ao imóvel onde seria entronizado o Altar, um homem desconhecido que estava na frente da porta da casa, começou a falar em tom bem alto:
"Chegou o Sol! O brilhante Sol, amarelo e laranja! A Luz radiante como o Sol chegou a esta cidade"!
Ficamos muito emocionados e entendemos como sendo o Mundo Espiritual anunciando a chegada da Luz Divina.
Com a sensação de dever cumprido, decidi voltar para o interior de São Paulo, onde continuei dedicando na expansão da Obra Divina.
Atualmente, auxilio o responsável do Johrei Center Marília e colaboro na difusão da fé messiânica na cidade de Pompéia.
Meishu-Sama, com a Luz do Johrei e seus Ensinamentos, me possibilitou ser pioneira da salvação de muitas pessoas e ressignificar minha vida, transformando a dor de uma infância no orfanato e os conflitos de um casamento frustrado em alegria de servir à Obra Divina.
Agradeço a Deus, a Meishu-Sama e aos antepassados por fazer parte da Obra Divina de construção do Paraíso Terrestre.
Sou profundamente grata a todas as pessoas que me ajudaram a cumprir minha missão, em especial, ao marido e aos filhos.
Muito obrigada.
MAI 2024
Experiência de fé do Culto Mensal de Agradecimento dedicado aos Pioneiros
"Com os Ensinamentos de Meishu-Sama e a Luz do Johrei, pude ressignificar minha vida e ser pioneira da salvação de muitas pessoas"
Min. Marília Rocha Silva
IGREJA BAURU - SP
- Por: Igreja Messiânica Mundial do Brasil
- Editoria: Culto Mensal