Bom-dia a todos!
Tenho 80 anos, sou messiânica há 49, e dedico como ministra benemérita na Igreja São José do Rio Preto, interior de São Paulo.
Gostaria de compartilhar minha trajetória na fé messiânica e algumas experiências que vivenciei ao longo desses anos no servir à Obra Divina.
Em 1974 minha mãe enfrentava sérios problemas de saúde por complicações do diabetes e estava internada.
Eu e minhas seis irmãs nos revezávamos para acompanhá-la no hospital, sempre em dupla.
Duas irmãs já eram messiânicas e percebi que, quando minha mãe passava a noite com elas, se mantinha calma e dormia a noite toda.
Ao passo que, ao ser acompanhada pelas filhas que não eram membros, sempre ficava muito agitada e nervosa.
Quando coincidia de eu fazer dupla com minha irmã Carmen, eu a observava ministrando Johrei à nossa mãe e a outros pacientes.
Certa vez, deu entrada no hospital uma senhora com o braço muito inchado e vermelho. Ela ficou no mesmo quarto que minha mãe e seria removida para a UTI no dia seguinte.
Minha irmã passou a noite ministrando Johrei a essa senhora e à minha mãe. Ministrava cinco minutos a cada uma delas. Eu ficava cansada só de vê-la passar de um leito para o outro.
Na manhã seguinte, o braço dessa senhora estava desinchado e recuperou a coloração normal. Sendo assim, ela não precisou ir para a UTI e recebeu alta dias depois.
Observando minha irmã sendo tão útil a alguém que nem conhecia, pensei: "Meu Deus, o que eu estou fazendo neste mundo?" Deste modo, despertou em mim o desejo de servir ao próximo.
Após três meses de internação, minha mãe partiu para o Mundo Espiritual. Depois disso, tive vontade de conhecer e frequentar a Igreja Messiânica.
Convidei meu marido para irmos juntos, mas de imediato ele respondeu: "Não venha com essa história de igreja. Estamos muito bem assim, não quero assumir compromisso."
Com muito jeitinho, sugeri que fôssemos apenas uma vez; se ele não gostasse, eu não tocaria mais no assunto.
Sendo assim, fomos à igreja e lá percebemos que era uma residência onde havia algumas pessoas ministrando e recebendo Johrei na garagem.
Para nossa surpresa, o dono da casa, que se chamava Sr. Joaquim, era amigo de meu esposo e ambos ficaram muito felizes por se encontrarem.
Meu marido, eu e nossos filhos recebemos Johrei e, em seguida, o Sr. Joaquim nos convidou para assistirmos às aulas de Princípios Messiânicos.
Meu esposo respondeu que não, pois ainda era muito cedo para isso.
No caminho de volta, conversei com ele e comentei que podíamos assistir às aulas sem compromisso. Ele aceitou e começamos a frequentar em média três vezes por semana para receber Johrei e fazer as aulas.
Em 26 de abril de 1974, nós recebemos o Ohikari (Medalha da Luz Divina) e nossos dois filhos, o Shoko (Medalha de proteção para crianças).
Na véspera da cerimônia de outorga, o filho mais novo, na época com quatro anos, apresentou uma forte purificação com vômito e diarreia.
Minha irmã Carmen ministrou-lhe Johrei a noite inteira, mas o vômito e a diarreia não cediam.
No dia seguinte, nós nos dirigimos à igreja na cidade de Tupã, onde ocorreria a cerimônia. Meu filho foi recebendo Johrei e passando muito mal durante o percurso.
Lá chegando, o ministro responsável me orientou a materializar uma oferta de gratidão especial pela vida de meu filho.
Imediatamente chamei meu marido e pedi sua carteira, dizendo que depois eu explicaria o motivo.
Peguei todo o dinheiro e fiz o donativo.
Ele ficou só me olhando, mas não disse nada.
Poucos minutos depois, meu filho já havia melhorado. Ele quis pão com mortadela, pois estava com fome.
Pedi para meu marido nos levar até a lanchonete, e ele disse: "Como vou comprar o lanche se você 'raspou' minha carteira? Não tenho nenhum tostão."
Um missionário que nos acompanhava, se prontificou para pagar o lanche. Meu filho comeu tudo e não mais vomitou ou teve diarreia.
Essa experiência fortaleceu muito a nossa fé.
Ao retornarmos de viagem, procurei o Sr. Joaquim e quis saber como ele e a esposa, dona Aparecida, conheceram a Igreja Messiânica.
Sem entrar em detalhes, ele nos contou que ela purificava muito e não sabiam mais o que fazer, pois já haviam tentado de tudo.
Foi quando um primo messiânico lhe ofereceu Johrei.
Ela o recebeu por mais de uma hora e se sentiu muito melhor e nunca mais apresentou aquele mal-estar.
Como forma de agradecimento, o casal se tornou messiânico e ofereceu a vida para salvar outras pessoas.
Com isso, os dois transformaram sua casa em um ponto de Luz e muitas pessoas começaram a frequentar a residência para receber Johrei.
O local futuramente se tornou a primeira Casa de Johrei de São José do Rio Preto.
Logo após a outorga, assumi o setor de ensino e comecei a dar aulas de Princípios Messiânicos para frequentadores.
O número de membros foi aumentando rapidamente.
Fazíamos reunião nos lares, onde líamos os Escritos Divinos e ministrávamos Johrei.
Por volta de 1979, mudei-me para Guapiaçu, município localizado a aproximadamente 20 quilômetros de São José do Rio Preto.
Realizávamos reuniões em nosso lar e oferecíamos Johrei e o jornal da Igreja aos moradores da cidade.
Posteriormente, abrimos em nossa casa o primeiro núcleo.
Nessa época, eu trabalhava como professora em uma escola estadual e havia um aluno que começou a faltar às aulas. Buscando saber o motivo, fui à sua casa.
Chegando lá, descobri que ele sofrera uma grave queimadura no pé, que estava em carne viva.
Comecei a prestar-lhe assistência religiosa, ministrando uma média de cinco horas de Johrei diariamente.
Após cerca de três meses, a lesão estava completamente cicatrizada, e nem marcas restaram.
Com esse grande milagre, toda a família se tornou messiânica, e tivemos a permissão de encaminhar dezenas de pessoas da cidade à Obra Divina.
Em 1989 meu marido foi convidado para fazer o exame de qualificação sacerdotal e se tornou o primeiro ministro de São José do Rio Preto: ministro Arlow Riccardi.
No dia 18 de janeiro de 1992, tive uma terrível dor de cabeça que me fez desmaiar.
Meu marido me levou ao centro de saúde, onde suspeitaram tratar-se de um aneurisma cerebral.
Os médicos mandaram me levar ao hospital com urgência para fazer exames mais detalhados.
Antes disso, meu esposo me levou à igreja para receber Johrei.
Eu estava desacordada, mas soube que recebi Johrei de vários membros e dos ministros ininterruptamente.
Após várias horas de Johrei e oração, eu comecei a voltar à consciência. Todos foram tomados por uma forte emoção!
À noite, ainda na igreja, comecei a sentir um gosto ruim na boca e pedi a meu marido que me levasse ao banheiro.
Expeli grande quantidade de sangue pelo nariz e pela boca. Depois disso, melhorei e pude ir para casa, onde continuei recebendo Johrei.
Durante dois dias, continuei expelindo sangue e me sentia cada vez melhor. Após esse período, a eliminação cessou e nunca mais apresentei qualquer problema.
Por intermédio desse milagre, muitas pessoas despertaram para o servir à Obra Divina e ingressaram na fé messiânica.
No mesmo ano, fui convidada para prestar o exame de qualificação sacerdotal e fui aprovada, tornando-me ministra assistente.
Intensifiquei as dedicações e coloquei a salvação do próximo em primeiro lugar, deixando minha vida sempre em segundo plano.
Meu marido partiu para o Mundo Espiritual em 2011 após trinta e sete anos de servir intenso à Obra de Meishu-Sama.
Mais de trinta pessoas da minha família ingressaram na fé messiânica, e quatro se tornaram ministros.
Considero-me uma pessoa muito feliz, pois não tenho problema de doença, pobreza ou conflito.
Minha família é maravilhosa, unida, e vivemos em um ambiente verdadeiramente paradisíaco.
Hoje tenho a convicção de que vim a este mundo para servir à obra de concretização do Paraíso Terrestre.
Por essa razão, vou dedicar ativamente até o dia que Deus e Meishu-Sama me permitirem.
Aproveito a oportunidade para agradecer ao meu marido e aos meus filhos, que, mesmo pequenos compreenderam a missão do pai e da mãe.
Ao mesmo tempo, agradeço a todos que fizeram parte e me ajudaram nessa trajetória.
Muito obrigada.
MAI 2023
Experiência de fé do Culto Mensal de Agradecimento dedicado aos Pioneiros
"Vou dedicar ativamente até o dia que Deus e Meishu-Sama me permitirem"
Ministra Sirley Hernandes Riccardi
Igreja São José do Rio Preto - SP
- Por: Secretaria de Experiência de Fé
- Editoria: Culto Mensal