"Através das práticas messiânicas, aprendi a amar e respeitar meus alunos"

Bom-dia a todos!
Formei-me no magistério aos 17 anos, e meu primeiro emprego foi na escola em que estudei desde o jardim de infância.
No início, tinha uma postura rígida e autoritária, fruto da formação que recebera na escola.
Aprendi que os alunos precisavam se comportar, ser obedientes, organizados. Caso não cumprissem todos as regras pré-estabelecidas, deveriam ser punidos.
Com o ingresso na fé messiânica em 1992 e o contato constante com o Johrei e os Escritos Divinos, vi crescendo dentro de mim, uma enorme vontade de fazer a diferença na vida daquelas crianças, que estavam sob minha responsabilidade.
Sabia que não poderia continuar rotulando-as, colocando a todas elas numa mesma forma, sem respeitar a individualidade, a personalidade, o tempo de cada uma.
Todos os dias iniciávamos as atividades com oração e terminávamos com uma prece de agradecimento.
Fazia reflexões no início das aulas com trechos dos Ensinamentos de Meishu-Sama.
Sempre que havia oportunidade, ministrava Johrei aos alunos e falava sobre a igreja.
Com isso, as crianças conhecidas por sua inquietação, dificuldade de concentração, de aprendizagem, baixa autoestima, encontravam na sala da tia Cris um ambiente acolhedor e diferenciado.
Utilizava material didático-pedagógico disponibilizado pela Fundação Mokiti Okada e fazia dinâmicas com temas de acordo com os Escritos Divinos.
Essas práticas foram de vital importância para o processo de formação holística, resgatando valores espirituais, morais e éticos que eu aplicava em sala de aula.
Desenvolvi o Projeto Gentileza, que visava à doação de brinquedos e materiais escolares a crianças carentes.
O projeto foi responsável pelo despertar da solidariedade em muitos alunos, que hoje, já adultos, são engajados em projetos solidários.
Enfrentei muitas críticas por parte dos colegas que, ainda preocupados somente em cumprir os conteúdos, não entendiam que, muito mais que ensinar a ler e escrever, eu queria ensinar os estudantes a se amarem, se respeitarem, se valorizarem, serem criativos, acreditarem no seu potencial e, principalmente, serem felizes.
Hoje sou professora aposentada e tenho um espaço de acompanhamento pedagógico, em que busco cuidar carinhosamente de cada uma das crianças que passam por mim.
Desejo que nós, educadores, possamos seguir contribuindo para o desenvolvimento de todas as potencialidades dos nossos alunos, gerando a consciência de que, mais importante que ser reconhecido como um indivíduo inteligente e poderoso é ser amado como um ser íntegro, honesto, altruísta e útil à sociedade.
Tenho muito orgulho da profissão que escolhi.
Sou muita grata a Deus, a Meishu-Sama, aos meus antepassados por serem grandes educadores em minha vida.
Sou grata a cada professor que tive e que muito contribuiu para minha formação pessoal e profissional.
Sou grata a cada família que me confiou seu maior tesouro: seu filho.
Sou grata a cada olhar receoso que acalentei, a cada coraçãozinho acelerado, que reencontrou seu ritmo sereno, dentro do meu abraço, a cada lágrima que enxuguei, a cada sorriso que recebi, a cada beijo melado que ganhei, a cada florzinha que chegava para deixar nossa sala mais bonita e a tia Cris mais feliz.
Comprometo-me a continuar trabalhando até o último instante de minha existência, pela formação de pessoas felizes, pois acredito que educar é a arte de ensinar a ser feliz!
Muito obrigada!