Escrevi muitas coisas sobre o budismo que, até hoje, ninguém havia explicado. Os leitores talvez se surpreendam, mas eu tomei conhecimento delas através da Revelação Divina. Por que, então, Deus não as havia esclarecido até hoje? Foi inteiramente devido ao fator tempo. Quanto a este, refiro-me ao grande marco histórico, que chamo de Transição da Noite para o Dia. Trata-se do desaparecimento do prolongado Mundo da Noite, ou seja, o mundo de trevas e escuridão para dar lugar ao Mundo do Dia, que se aproxima: um mundo de esplendorosa luz do Sol. [...]
A luz da Lua é fraca e não se enxergavam as coisas nitidamente porque sua intensidade é cerca de 1/60 da luz do Sol. Portanto, durante o Mundo da Noite, é óbvio que nada, nem mesmo as religiões, podia ser visto com total nitidez. Por essa razão, os seres humanos viviam desorientados e não alcançavam a verdadeira paz interior. Com a chegada do dia, sob a luz do Sol, tudo ficará claro e límpido e não existirá mais nada sobre o qual não se saiba. Visto que minha missão é criar a civilização do dia, é evidente que eu tenha conhecimento de tudo.
Vou aprofundar a explicação sobre a relação entre minha pessoa e o Mundo do Dia.
Meu corpo abriga a bola de luz conhecida desde a antiguidade pela palavra nyoi-hoju [em sânscrito, Cintamani]. Já me referi a essa luz anteriormente, mas vou explicar com mais detalhes.
Ao falarmos em luz, os leitores poderão pensar no próprio Sol, mas não é bem assim. Na verdade, trata-se da combinação do Sol e da Lua. A essência desta luz é constituída por esses elementos opostos. Como meu corpo físico é elemento terra, quando essa luz se assenta nele, ocorre a atuação conjunta dos três elementos: fogo-água-terra. Será que as pessoas comuns são formadas apenas pelo elemento terra? De forma alguma. Elas também possuem luz, embora esta seja pequena e fraca. A força de minha luz, no entanto, é extraordinariamente forte: é milhões de vezes ou infinitamente mais intensa que a de uma pessoa comum, ultrapassando os limites da imaginação.
Em suma, diariamente, escrevo três tipos de caligrafias para o Ohikari: Hikari, Komyo ou Daikomyo. Colocado junto ao peito, manifesta-se imediatamente a força capaz de curar as doenças. Isso se deve à força da Luz irradiada da palavra escrita por mim no Ohikari. Nunca precisei rezar ou fazer qualquer coisa especial para escrevê-la. Simplesmente escrevo-a rapidamente, folha por folha. Levo em média sete segundos em cada uma e escrevo facilmente cerca de quinhentas por hora. Com apenas uma folha de papel, a doença de milhares de pessoas poderá ser curada; doravante, mesmo que eu conceda dezenas ou centenas de milhares de Ohikari, o efeito de cada um será o mesmo. Creio que poderão compreender o quanto é poderosa a força da minha luz.
Possuindo tamanha força, não há nada que eu desconheça. Como os fiéis sabem, nunca tenho dificuldade em responder a qualquer pergunta que me é dirigida. Às vezes, recebo telegramas solicitando graça e proteção para pessoas que estão distantes, sofrendo com doença, e muitas as obtêm apenas com esse pedido. Isso ocorre porque, no momento em que tomo conhecimento do problema, minha luz se subdivide e liga-se a essas pessoas. Assim, através do elo espiritual, elas recebem a graça. Dessa forma, é uma luz bastante versátil e preciosa, pois pode aumentar milhões de vezes e alcançar qualquer local, por mais distante que ele seja. [...]
Essa explicação corresponde a apenas uma parcela da minha força. [...] O ideal seria que os leitores acompanhassem atentamente o trabalho que vou realizar daqui para a frente. Se possuírem uma inteligência aguçada, poderão entender até certo limite. Do ponto de vista da fé, as pessoas interpretam de acordo com seu nível espiritual; por isso, o melhor a fazer é polir a alma e deixá-la sem nuvens espirituais. Assim, alcançarão a suprema Iluminação e conhecerão a minha força.
Por Meishu-Sama, em 25 de maio de 1952
Coletânea Alicerce do Paraíso, volume 1
- Por: Meishu-Sama
- Editoria: Culto Mensal