A flor como missão: FMO forma 160 novos professores de Ikebana Sanguetsu
Artigo
Por: Silvana Boghi
Meishu-Sama dedicou sua vida à felicidade do próximo, transmitindo os fundamentos para a construção de um mundo isento de doença, pobreza e conflito — o Paraíso Terrestre. Integrando a fé, a verdade presente na Grande Natureza e a arte, fundou uma religião pragmática: a Igreja Messiânica Mundial, comprometida com a edificação desse novo mundo, que ele também denominou de “O Mundo do Belo”, onde tudo deveria ser artístico.
Com sabedoria e movido por um profundo amor ao Belo, Meishu-Sama reconhecia na arte de elevado nível a capacidade de proporcionar alegria, satisfação e também uma força espiritual capaz de refinar os sentimentos, elevar o espírito e transformar a vida humana.
Por esse motivo, em 1952, instituiu uma fundação com o propósito de preservar e compartilhar um riquíssimo patrimônio artístico adquirido ao disponibilizá-lo para apreciação da sociedade, objetivando a contribuição de sua formação estética para a construção de uma nação culturalmente rica.
Entre as diversas expressões artísticas que praticava, a ornamentação de ambientes com ikebana era muito apreciada por ele por considerá-la uma verdadeira obra de arte viva, capaz de transmitir luz, alegria e harmonia.
Inspirada por esse ideal, sua filha, Itsuki Okada, fundou, no Japão, o Kado Sanguetsu em 1972 — um caminho de autoaprimoramento pela vivificação floral no estilo ikebana.
O estilo Sanguetsu chegou ao Brasil em 1974, e coube à Fundação Mokiti Okada (FMO) — instituída no Brasil em 1971 — a missão de levar a Coluna do Belo à sociedade, além de desenvolver outras atividades sociais.
A FMO difunde esta arte floral milenar japonesa, fundamentada nos Sagrados Ensinamentos do Fundador, unindo técnica, beleza e altruísmo.
Em 2024, a Ikebana Sanguetsu celebrou 50 anos no Brasil, comemorando uma trajetória que impactou muitas vidas. Para fortalecer a Coluna de Salvação do Belo e ampliar seu corpo docente, a FMO realizou, de 1º a 4 de setembro, no Solo Sagrado de Guarapiranga, um processo seletivo nacional para novos professores assistentes.
A avaliação foi conduzida sob a orientação do presidente da instituição e também Coordenador Nacional da Ikebana Sanguetsu, reverendo Paulo Cesar Leite Mathias. Ela foi composta por entrevista, provas teórica e prática, além de um exame sobre os Ensinamentos de Meishu-Sama, refletindo a seriedade da missão a ser assumida pelos novos professores.
Como resultado, 160 candidatos foram aprovados e, ainda este ano, receberão a titulação. Esse marco simboliza a continuidade e o fortalecimento de uma missão sagrada, pautada nos exemplos de Meishu-Sama, que florescerá por meio da dedicação desses novos professores.