Tenho 35 anos, sou messiânica há 13 e dedico no Johrei Center Mirandópolis, ligado à Igreja Araçatuba, no interior de São Paulo.
Gostaria de compartilhar o quanto o servir a Deus por meio das práticas messiânicas transformou meu destino e o de minha família.
Eu era uma criança triste e ansiosa. Ficava fechada no quarto e pouco interagia com a família.
Passava várias noites sem dormir devido ao alto grau de ansiedade que não me deixava relaxar.
Minha mãe relatou a situação a uma amiga, que era frequentadora da Igreja Messiânica, e ela nos levou a uma reunião no lar.
Era 1997, e eu tinha 10 anos.
Lembro-me que recebi Johrei de um senhor japonês e fiquei muito emocionada.
Era como se estivesse me reencontrando com algo que conhecia intimamente, embora fosse o primeiro contato com a Luz Divina.
Com apenas um Johrei, eu me tranquilizei e passei a dormir.
Contudo, não retornamos.
O tempo passou e, na adolescência, os problemas emocionais reapareceram.
Fui diagnosticada com transtorno de ansiedade e depressão e tomava medicamentos constantemente.
Havia períodos em que o quadro se acentuava e cheguei a tentar contra a vida.
Em 2007, meu pai sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) que o deixou com graves sequelas e impossibilitado de trabalhar.
Na época, ele não conseguiu se aposentar e passou a receber apenas o auxílio-doença.
Por esse motivo, entramos em severa purificação financeira.
Chegamos a precisar da ajuda de familiares que nos ofereciam cestas básicas para o sustento.
Em função dessa situação, minha mãe ficou muito abalada emocionalmente e desencadeou um quadro de depressão profunda, passando a tomar remédios controlados.
Formei-me em massoterapia e, no início de 2009, comecei a trabalhar em uma clínica onde havia muitos conflitos.
A pouca clientela e a desarmonia no ambiente profissional me deixavam ainda mais depressiva e aflita.
Não acreditava que um dia poderia ter um destino de paz e felicidade.
Em abril de 2009, uma colega do trabalho que havia sido convidada para receber Johrei, me chamou para ir com ela.
A sensação vivenciada lembrou-me de quando recebi o primeiro Johrei, doze anos antes.
O corpo esquentou, e fui invadida por uma profunda alegria. O peso e a angústia desapareceram.
Passei a receber Johrei quase todos os dias e a ler avidamente os Ensinamentos de Meishu-Sama.
Com isso, estava mais tranquila, dormia melhor e o ambiente na clínica se harmonizou.
Assim, após seis meses frequentando a Igreja Messiânica, tive a permissão de me tornar membro em 24 de outubro 2009.
Ministrava Johrei na igreja, em casa e no trabalho; ofertava o donativo de gratidão e estudava os Ensinamentos de Meishu-Sama.
A quantidade de clientes aumentou e, um ano mais tarde, surgiu a oportunidade de montar minha clínica, onde atendo até hoje.
Minha mãe recebia Johrei; porém, meu pai, que era muito nervoso, mal-humorado, e se dizia ateu, não o aceitava de jeito algum.
Embora a situação financeira estivesse melhorando, havia muitas dívidas acumuladas e há mais de um ano não pagávamos o financiamento da casa.
Em dezembro de 2010, recebemos uma ordem de despejo e intimação para uma audiência que ocorreria dentro de dois meses.
Relatei a situação à ministra, que me orientou a intensificar as dedicações.
Durante mais de um mês, eu levava minha mãe todos os dias ao Johrei Center; fazíamos oração com donativo de gratidão e realizávamos mitamamigaki (dedicação de limpeza como polimento da alma).
Semanalmente havia reunião de Johrei em nosso lar com a presença de conhecidos e vizinhos.
No dia da audiência, meu pai explicou que aguardava um processo de aposentadoria há mais de dois anos e que, quando ela saísse, poderia quitar a dívida.
O juiz pediu o número do processo e verificou tratar-se da mesma vara em que ele atuava.
Sendo assim, para nossa surpresa, o juiz assinou e deferiu a aposentadoria na mesma hora.
Com isso, além de não perdermos a casa, meu pai pôde se aposentar.
Com esse milagre, ele passou a frequentar a igreja comigo e minha mãe e ofereceu um donativo especial do primeiro pagamento da aposentadoria.
Recebendo Johrei constantemente e dedicando na unidade religiosa, meu pai foi melhorando das sequelas; estava feliz como nunca o tinha visto; tornou-se mais calmo, sorridente e brincalhão.
Minha mãe se encontrava muito melhor da depressão, e os dois peregrinaram ao Solo Sagrado de Guarapiranga.
Ele foi outorgado com o Ohikari (Medalha da Luz Divina) em agosto de 2011, e minha mãe, no ano seguinte.
Três meses depois de sua outorga, meu pai partiu para o Mundo Espiritual, vítima de outro forte AVC.
Fiquei muito triste. Por outro lado, senti profunda gratidão a Deus e a Meishu-Sama, pois sei que, por intermédio da fé messiânica, ele recebeu muita Luz e se elevou espiritualmente.
Continuei trabalhando na clínica e, ao mesmo tempo, empenhava-me nas dedicações.
Participei do Programa de Formação Johvem 3 e assumi a missão de responsável de jovens.
Aprendi muito sobre o servir, a lei da ordem, e desenvolvi o espírito de busca.
Os aprendizados e experiências vivenciados nessa época consolidaram minha fé e fortaleceram o compromisso para com a Obra Divina.
Em 2018, tive uma purificação severa com dores e inchaço nas articulações.
Os exames sugeriam uma grande inflamação.
Entendi que, por ter intoxicado o organismo com remédios e alimentos processados durante muitos anos, estava tendo a permissão de limpar o corpo e o espírito por meio daquela purificação.
Sendo assim, tomei a decisão de me entregar exclusivamente ao Johrei.
Fui acompanhada pelos ministros e membros e cheguei a receber 96 horas ininterruptas de Johrei.
Suspendi quase que por completo o consumo de produtos industrializados e buscava ingerir ao máximo os alimentos da Agricultura Natural e Orgânica.
Dessa forma, após aproximadamente uma semana, as dores e o inchaço foram reduzindo e, aos poucos, pude retornar às atividades.
Hoje não uso nenhum medicamento, não tenho mais dores, nem sinal da depressão e ansiedade.
Com a chegada da pandemia, eu não pude atender na clínica.
Quando os clientes me ligavam desejando marcar sessões de massoterapia, eu dizia que não estava fazendo massagens, mas poderia oferecer uma oração.
Muitos aceitavam e eu ia à casa da pessoa ministrar Johrei, tomando todos os cuidados para evitar a contaminação pelo vírus da Covid-19.
Dessa forma, tive a oportunidade de encaminhar 15 pessoas à Obra Divina em 2020.
No ano seguinte, realizei o sonho de entronizar o Altar de Deus e Meishu-Sama no lar.
Ainda em 2021, recebi a missão de dedicar como responsável do Johrei Center Mirandópolis.
Venho aprendendo, aprimorando e me empenhando a cada dia para cumprir dignamente minha missão.
Compreendo que a felicidade ocorre em nossas vidas quando estamos de acordo com a Vontade Divina, que é conduzir as pessoas ao caminho da salvação.
Agradeço a Deus, a Meishu-Sama e aos meus antepassados pela permissão de servir na concretização do Paraíso Terrestre e a todos os ministros e membros pelas orientações e assistência recebida.
Muito obrigada.