Sempre fui uma pessoa de personalidade difícil e queria fazer prevalecer minha vontade e razão a todo custo. Tinha dificuldade de ouvir e obedecer à lei da ordem, e confrontava as pessoas.
Dificilmente cedia, pois não aceitava a opinião do outro com facilidade. Com esse comportamento, criava impasses e situações difíceis e conflituosas no lar e no trabalho; momentos de tensão que não faziam bem nem a mim nem àqueles com quem convivia.
Ingressei na fé messiânica em 1990 encaminhada por minha mãe, e comecei a servir em diversos setores da igreja. Poucos anos depois, fui convidada para dedicar com as flores.
O contato constante com a flor e as dedicações na Obra Divina propiciaram Luz ao meu espírito e me fizeram enxergar meus erros.
A cada situação inoportuna que eu criava com a minha teimosia, sentia-me desconfortável e compreendia que não podia mais agir daquela forma. Diante disso, tive o desejo de tornar-me mais dócil e agradável; ser a pessoa simpática à qual Meishu-Sama se refere.
Sendo assim, dia a dia, me empenhava para ter mais polidez nos atos e palavras. Nesse processo, em 2006, me inscrevi para fazer o curso de Ikebana Sanguetsu.
Os aprendizados adquiridos nas aulas foram muito além da técnica de confeccionar vivificações florais: eles constituíram uma verdadeira lição de vida. Fui sendo moldada pela beleza, delicadeza e energia da flor. Aos poucos, eu ficava mais maleável e sensível.
Ao confeccionar uma ikebana, eu precisava pensar e planejar tudo, e não agir por impulso. Ao mesmo tempo, era necessário respeitar o formato, movimentos e posturas dos galhos e das flores, sem esperar que se enquadrassem conforme minha expectativa ou conveniência.
Percebi que deveria agir igualmente com as pessoas. Respeitar a personalidade de cada um e agir com sutileza, cortesia e flexibilidade.
Inspirada no Ensinamento de Meishu-Sama segundo o qual, se existirem flores onde quer que haja pessoas, o mundo se tornará mais ameno, confeccionava e oferecia vivificações constantemente, bem como realizava vivências na Igreja, nos lares e em diversos lugares como consultórios e lanchonetes.
Por meio dessas práticas, muitas graças e milagres ocorreram e tive a permissão de encaminhar cerca de 15 pessoas à Obra Divina, bem como de reconduzir à igreja membros que estavam inativos.
Em 2014, vivenciei uma importante experiência em relação à saúde.
Por desgaste emocional em função de alguns problemas pessoais, desenvolvi um quadro agudo de ansiedade, pânico e depressão.
Decidi que ultrapassaria a purificação por meio do Johrei e das práticas messiânicas. Passava a manhã inteira na igreja ministrando e recebendo Johrei; fazia oração e materializava a gratidão.
Trabalhava no período da tarde e também ministrava Johrei às colegas e à minha patroa. Ao mesmo tempo, o recebia de uma companheira de trabalho messiânica. Ao regressar a casa, recebia e ministrava Johrei a meu marido. Ao todo, praticava o Johrei, no mínimo, dez vezes ao dia.
Com isso, fui melhorando e, em aproximadamente três meses, restabeleci-me por completo.
Hoje, sou muito feliz. As relações interpessoais são harmoniosas e conto com o carinho e consideração de todos à minha volta.
Agradeço a Deus, a Meishu-Sama e aos meus antepassados pela permissão de fazer essa migração interior e poder servir à Obra Divina.
Meu compromisso é levar as práticas da fé messiânica ao cotidiano de muitas pessoas para que sintam a mesma felicidade que eu vivencio e para que, em cada coração possa se concretizar, um pedacinho do Paraíso Terrestre.
Muito obrigada.