
Bom-dia a todos!
Sou messiânica há trinta e sete anos.
Recebi o título de ministra assistente em 1996, e o de ministra adjunta, em 2019.
Dedico na Igreja São Luís, no estado do Maranhão, em que apoio seis unidades religiosas.
No início de 2009, comecei a apresentar formigamento nos dedos, vertigens e desequilíbrio.
Esses sintomas aumentaram gradativamente.
Ao buscar um diagnóstico, em dezembro de 2010, foi detectado um meningioma (tumor benigno com característica expansiva que se desenvolve nas meninges, tecido que envolve o cérebro e a medula espinhal).
Ele possuía dois centímetros e meio, e estava localizado na coluna cervical, na altura da nuca.
Fui encaminhada a um neurocirurgião, que explicou que o tumor estava aprofundado na cervical e que não poderia ser retirado sem afetar a medula.
Dessa forma, ele só poderia ser removido parcialmente.
Todavia, por sua característica expansiva, continuaria a crescer.
Perguntei quais seriam as consequências caso eu não realizasse a cirurgia.
O médico respondeu que os sintomas evoluiriam gradativamente. Eu perderia os movimentos e, no máximo em cinco anos, ficaria tetraplégica.
Precisaria de aparelhos para respirar e, depois, morreria por insuficiência respiratória.
Fiquei assustada e decidi consultar diferentes especialistas, até em outro estado.
O diagnóstico foi o mesmo.
Foram meses de muita angústia e aflição.
Eu já havia acompanhado diversos casos graves; contudo, era a primeira vez que vivia, na própria pele, tamanha purificação.
Estava diante do meu maior desafio, que testaria minha fé e colocaria à prova tudo o que aprendi ao longo de tantos anos de servir à Obra Divina.
Sentia que precisava encontrar um meio de aprofundar a ligação com Deus e Meishu-Sama para merecer um grande milagre através da fé.
Dessa forma, em agosto de 2011, decidi passar vinte dias no Solo Sagrado de Guarapiranga.
Pude dedicar e refletir sobre minha missão neste mundo.
Na época, servia como responsável de Johrei Center, coordenadora dos setores de Experiência de fé e do Histórico da Igreja São Luís.
Com o apoio dos missionários, fiz o máximo para cumprir as dedicações enquanto pude.
No final de 2012, já estava perdendo o equilíbrio e a coordenação motora.
Procurei ouvir outro cirurgião que, diante de novos exames, constatou o crescimento do tumor.
Aconselhou-me a não fazer a cirurgia devido ao grande risco, e que fosse vivendo o quanto pudesse.
Assim sendo, resolvi entregar-me de vez ao Johrei e às práticas messiânicas.
Prevendo a chegada do momento em que estaria incapacitada de me locomover, aluguei um imóvel próximo à Igreja para facilitar o recebimento de assistência religiosa.
Assim, dia e noite, os messiânicos se revezavam para ministrar-me Johrei.
Todavia, meu corpo ficava cada dia mais rígido.
Sentia uma grande pressão na coluna, quadril, bacia e tórax, até que não pude mais me sentar.
Após pouco tempo, eu estava completamente paralisada do pescoço para baixo.
Respirar se tornara uma tarefa árdua, e o simples ato de me virarem na cama, me dava falta de ar.
Via no olhar dos familiares e amigos o medo e a apreensão. No entanto, cada um buscava oferecer o melhor para me ajudar.
Familiares praticamente se mudaram para minha casa.
Um jovem fisioterapeuta messiânico ia fazer massagens e, mesmo percebendo o atrofiamento progressivo, encorajava-me dizendo que eu estava melhor.
Uma senhora passou a dormir em casa para ministrar-me Johrei, pois à noite eu passava muito mal.
Além do Johrei intensivo, os missionários ofereciam-me alimentos da Agricultura Natural e Orgânica, liam os Ensinamentos e oravam.
Com o sentimento de pedir perdão a Deus e redimir as nuvens espirituais acumuladas por mim e por meus antepassados, elevei o percentual do donativo de gratidão para trinta por cento.
Além disso, fiz várias ofertas especiais de forma crescente mês a mês.
Eu tinha espasmos, dores, angústia e não dormia.
Os olhos eliminavam uma secreção viscosa, a coluna entortava dia a dia e a barriga crescia.
O quadro era gravíssimo, para não dizer, terminal.
Apesar do medo e do sofrimento físico, procurei manter a gratidão, pois tinha a convicção de que estava tendo a permissão de contribuir para a salvação e elevação espiritual de meus ancestrais.
Informei aos familiares que não desejava ser internada ou tomar medicamentos, nem mesmo para dor.
Todos compreenderam e apoiaram a minha decisão.
Todavia, era nítido o crescimento do tumor, dado o agravamento dos sintomas.
Foi quando percebi que já havia feito tudo o que estava ao meu alcance e que não tinha mais forças físicas para suportar a intensidade da purificação.
Senti que deveria submeter-me à cirurgia e aguardar que algo divino ocorresse.
Agora, somente Deus poderia operar um milagre.
Isto porque, nos exames anteriores, o tumor já obstruía 90% do canal cervical e, segundo os cirurgiões, em uma perspectiva otimista, eu teria 1% de chance de sobreviver.
Ouvindo isso, imediatamente, lembrei-me do Ensinamento de Meishu-Sama a respeito da Força do 1%.
Ou seja, que a força do ser humano pode chegar até 99%, mas a de Deus, é 100%.
Dessa forma, em agosto de 2013, foi realizada a cirurgia.
Ao abrirem o local, no entanto, depararam-se com algo inesperado e surpreendente.
O tumor estava praticamente solto da cervical, não representando mais nenhum risco para minha vida.
Sendo assim, foi extraído integralmente sem complicações. Isso surpreendeu profundamente a equipe médica, que entrou para esse procedimento ciente de que se tratava de um caso praticamente perdido.
O que ninguém contava era com o 1% da atuação Divina, que é capaz de transformar a morte em vida.
Estive em coma induzido durante seis dias, e ao acordar, fui informada de que se eu não tivesse nenhum problema no pós-operatório, estava curada.
Passei vinte e dois dias internada. Depois de três meses, iniciei a reabilitação.
Quatro meses após a cirurgia, ainda em cadeira de rodas, assisti ao Culto do Natalício de Meishu-Sama na Igreja São Luís.
Com seis meses, voltei a andar e a dirigir; e, com nove, a trabalhar.
Reconheço que passei por um renascimento, uma verdadeira transição que só foi possível graças ao poder de salvação de Meishu-Sama.
Aprendi que, por trás das purificações, está o insondável Plano Divino de concretização do Paraíso Terrestre.
Constatei, ainda, a grande bênção que é pertencer a uma família de servidores de Meishu-Sama.
Ao todo, somos 21 messiânicos e temos quatro Altares do Lar entronizados.
Tenho certeza de que isso gerou força para superarmos esse grande processo purificador.
Atualmente, entrego-me de corpo e alma à Obra Divina.
Aposentei-me em 2017 e, desde então, dedico de forma integral pela construção do Paraíso Terrestre.
De 2014 aos dias atuais, com a ajuda do corpo de missionários, tive a permissão de conduzir mais de 200 pessoas à fé messiânica.
Agradeço a Deus, a Meishu-Sama e aos antepassados, bem como, aos familiares e a todos os messiânicos que se empenharam incansavelmente pelo meu restabelecimento, possibilitando-me esta nova oportunidade de viver.
Muito obrigada.