
Dedicando e cultuando os antepassados superei a ansiedade e as crises de pânico
Bom-dia a todos!
Sou membro da Igreja Messiânica há seis anos e dedico atualmente na Igreja Tatuapé São Paulo.
Gostaria de compartilhar a grande mudança ocorrida em minha vida quando passei a cultuar meus antepassados com toda a sinceridade e a servir com afinco à Obra Divina.
Conheci a igreja através da minha sogra. Na época, vivia em constante conflito com meu marido. Após começar a frequentar a unidade religiosa e a orar por nossos antepassados, os desentendimentos diminuíram consideravelmente, e passamos a conviver em maior harmonia.
A partir de então, passei a dedicar ativamente na ministração de Johrei, locução dos cultos diários e fazia aulas de ikebana (arranjo floral).
Tenho 41 anos de idade e, aos 15, comecei a purificar com transtorno de ansiedade e crises de pânico. Estas eram tão fortes que davam a sensação de que iria morrer. Fiz terapia por oito anos. Ficava um período bem, mas, depois de algum tempo, as crises voltavam.
Minha mãe também sofreu com esses problemas durante muitos anos, chegando a fazer acompanhamento psiquiátrico e a tomar remédios controlados. Atualmente ela está melhor, mas ainda sofre de algumas fobias. Tem medo de andar de metrô e não anda de elevador sozinha.
Quando ingressei na fé messiânica, meu quadro melhorou muito. Parei de ter as crises de pânico, e a ansiedade ficou bem mais controlada.
Em dezembro de 2015, meu marido, meus três filhos e eu nos mudamos para outro estado, em função do trabalho do meu esposo.
Lá, eu não consegui dedicar na Obra Divina com a mesma intensidade. Inicialmente ia à igreja apenas para os cultos mensais e, após algum tempo, até isso deixei de fazer.
Tive algumas dificuldades de adaptação e estava fraca espiritualmente. Assim, não demorou muito para o transtorno de ansiedade e as crises de pânico retornarem.
Em setembro de 2018, voltamos para São Paulo.
Assim que nos reorganizamos, retomei as dedicações no Johrei Center. Voltei a participar dos cultos, fazer as aulas de ikebana e a realizar algumas dedicações.
No entanto, as crises não cessavam; pelo contrário, começaram a se intensificar.
Por apresentar a mesma purificação por tanto tempo, sentia-me envergonhada e não falava sobre ela com ninguém.
Muitas vezes passei por crises intensas sozinha e lutava calada com todas as minhas forças contra a ansiedade, que me dominava.
Em 2020, a purificação atingiu o ápice. Eu já não conseguia mais dormir direito, meu coração vivia acelerado, e tinha medo de tudo. As sensações, durante a crise, praticamente passaram a ser o meu estado normal. Encontrava-me completamente fora de mim e da realidade.
No mês de abril deste ano, em uma das muitas noites em que passei em claro, conversei com Meishu-Sama e pedi sua ajuda, pois, já não aguentava mais viver daquela maneira.
No dia seguinte pela manhã, enviei uma mensagem à ministra do Johrei Center relatando tudo o que estava vivendo.
Como as unidades estavam fechadas devido à pandemia, ela me ligou e conversamos bastante. Sua primeira pergunta foi: Você fez Sorei Saishi (Ofício Religioso de Assentamento e Sagração dos Ancestrais e Antepassados) de seus familiares?
Eu respondi negativamente, pois como minha sogra é membro, deduzi que não houvesse necessidade de fazer a solicitação do ofício religioso; por conseguinte, não tinha nenhum de meus antepassados assentados.
Então ela me perguntou se eu havia sofrido algum aborto ou tinha conhecimento sobre esta ocorrência em minha família.
Respondi que de minha parte não, mas que iria investigar junto à minha família.
Ela me explicou a importância de eu realizar o Sorei Saishi para registrar as linhagens de meus entes queridos, e cultuá-los manifestando minha gratidão por eles.
Orientou-me, ainda, a intensificar as dedicações. Fazer a leitura dos ensinamentos de Meishu-Sama, oferecer donativo de gratidão, dedicar na limpeza da unidade religiosa, ministrar Johrei no lar e pedir a meu marido que me ministrasse Johrei.
Comecei a cumprir a orientação e a reunir os dados dos meus antepassados para fazer o assentamento. Ao conversar com a minha mãe, perguntei-lhe se sabia de alguém da família que tivesse sofrido a perda de alguma gestação.
Então ela me confidenciou que, quando estava grávida de seu terceiro filho, aquele que seria o meu irmão mais velho, perdera o bebê.
Em duas semanas, consegui reunir os dados de todos os antepassados e fazer o Sorei Saishi em nome de meu marido.
Após isso, comecei a dormir sem dificuldades e a me sentir mais calma.
No entanto, no fim de maio, tive uma crise muito forte, como nunca havia sofrido. Meu peito doía tanto que cheguei a pensar que estava tendo um enfarte.
Recebi Johrei do meu marido e a crise passou, mas permanecei com a dor no peito até a manhã do dia seguinte.
Quando, então, ao assistir ao culto matinal pela Izunome.TV, durante o Johrei coletivo, a dor passou completamente.
Nesse momento refleti sobre qual seria a causa dos meus sofrimentos, uma vez que estava fazendo tudo o que me havia sido orientado pela ministra.
Percebi que precisava fazer alguma coisa a mais e enfrentar alguns fatos do passado que eu tentava negar e esquecer.
O fato é que, em 1994, no início do namoro com o meu marido, eu engravidei, porém, após menos de oito semanas infelizmente acabei também perdendo o bebê.
Por ser uma lembrança que me trazia muito sofrimento, durante anos neguei a mim mesma o fato de ter um filho no Mundo Espiritual e ignorava sua existência.
Agora percebi que não era mais possível enganar-me e que eu precisava encarar o que ocorrera.
Assim sendo, liguei para a ministra e contei sobre o ocorrido.
Ela me orientou a fazer o registro desse espírito, o mais breve possível no Sorei Saishi, dando-lhe um nome e oferecendo um donativo de gratidão especial como materialização do nosso amor por ele.
No dia seguinte, passei os dados para a dedicante do Sorei Saishi do Johrei Center e solicitei o assentamento.
Naquele momento, aflorou em mim uma enorme paz e, pela primeira vez, reconheci verdadeiramente que meu primogênito estava vivo no Mundo Espiritual e senti um grande amor por ele.
A negação, o sofrimento e a culpa que carreguei durante tantos anos, se dissiparam imediatamente. Senti que a Luz de Deus purificou meu sentimento e salvou meu filho.
A partir desse dia, tudo mudou em minha vida. Nunca mais tive crises de pânico, ansiedade ou taquicardia. Estou muito mais calma e dormindo bem.
Mudei meu estilo de vida, cuidando mais da minha alimentação, em que priorizo o consumo de produtos naturais, e praticando atividades físicas, o que antes eu não fazia.
Hoje meu lar está mais harmonioso e minha família, muito feliz.
Intensifiquei as práticas messiânicas no lar, ministrando Johrei, assistindo aos cultos diários pela Izunome.TV e ofertando o donativo de gratidão.
Hoje, reconheço que meus antepassados estão-se elevando nas camadas do Mundo Espiritual, pois, como Meishu-Sama ensina, sabemos como eles estão quando avaliamos nossa vida no cotidiano.
Entendi que a maior dedicação que podemos oferecer aos antepassados é a nossa transformação, servindo a Deus e Meishu-Sama. Por essa razão, quero empenhar-me na salvação de muitas pessoas e na leitura dos Escritos Divinos, praticando sempre o aprendizado assimilado.
Agradeço a Deus e a Meishu-Sama a permissão de ser utilizada para contribuir com a salvação dos nossos antepassados. Bem como, ao meu amado filho, por vivenciar comigo essa grande experiência.
Muito obrigada.