
Bom-dia, a todos!
Tenho 36 anos, sou messiânico desde 2013 e pertenço ao Johrei Center Atalaia, estado do Sergipe, ligado à Igreja Recife.
Gostaria de compartilhar com os senhores e senhoras a transformação do meu sentimento e percepção de minha missão na área profissional, ocorrida por intermédio da prática dos Ensinamentos de Meishu-Sama e das dedicações no dia a dia.
Leciono desde os 17 anos na área de idiomas e tornei-me professor universitário aos 28.
Eu tinha muito prazer com a docência no início da carreira, quando dava aulas de inglês em cursos particulares.
Contudo, ao chegar à universidade pública, deparei-me com uma realidade diferente da que estava acostumado.
Durante os dois primeiros anos atuando no Ensino Superior, tornei-me muito insatisfeito com a profissão.
As horas em sala de aula eram geralmente um martírio, pois não encontrava motivação nem propósito especial no que fazia.
Sentia que os alunos não acompanhavam as aulas com o empenho e a interação que eu esperava deles. O aproveitamento era igualmente insatisfatório.
Por esse motivo, eu me frustrava constantemente e, com o tempo, comecei a perder o entusiasmo pelo ofício.
Eu acreditava que a culpa estava nos alunos, julgava sua capacidade intelectual e enxergava apenas suas dificuldades.
Tinha uma relação fria com eles, ao mesmo tempo em que era muito rigoroso, esperando que atendessem às minhas expectativas referentes ao desempenho acadêmico.
Vivendo essa rotina, a alegria inicial desapareceu, e eu cheguei a pensar que a profissão de professor não era mais para mim.
Felizmente eu me tornara membro da Igreja Messiânica no mesmo mês em que comecei a trabalhar na universidade, e por isso, comecei a buscar na igreja ajuda para a insatisfação.
Eu dedicava ativamente, ministrava e recebia bastante Johrei, lia os Escritos Divinos e me sentia plenamente realizado nas atividades da igreja.
Em pouco tempo, assumi a missão de responsável de jovens do Johrei Center e dedicava no Ensino Religioso, dando aulas de Princípios Messiânicos aos frequentadores.
Como responsável, eu tinha o desafio de motivar os jovens, dar-lhes assistência religiosa e auxiliá-los em suas dificuldades.
Muitas vezes, enfrentei resistências e insatisfações da parte deles, o que me fazia treinar a humildade e a paciência para conseguir conquistá-los e envolvê-los.
Já em relação aos frequentadores, colocava todo amor para acompanhá-los nos primeiros passos na fé messiânica, esclarecendo suas dúvidas e transmitindo-lhes segurança.
Dedicava com o desejo de me reencontrar na missão profissional: queria descobrir no trabalho a mesma felicidade que o servir à Obra Divina me proporcionava.
Com o tempo, passei a receber elogios dos alunos, que diziam que eu estava diferente, mais animado e que finalmente estavam entendendo o que explicava nas aulas.
Eles tinham muita curiosidade sobre o que estava ocorrendo comigo. Eu dizia que havia entrado Luz em minha vida, falava sobre o Johrei e explicava o que se tratava.
As reações dos alunos me fizeram notar que alguma coisa em meu sentimento estava se transformando.
Os dias no trabalho passaram a se tornar mais agradáveis e felizes.
Foi nessa época, em 2015, que uma experiência de fé acendeu minha esperança de me reencontrar definitivamente como professor.
Durante um culto matinal, ouvi o relato de uma profissional da indústria farmacêutica, que, insatisfeita na profissão, revolveu atuar temporariamente como professora.
Ao fim do primeiro semestre, ela escutou a seguinte mensagem de uma das alunas: "Professora, por favor, nunca deixe de lecionar, porque esta é a sua missão. Muito obrigada por colocar tanta dedicação no que a senhora faz."
Após ouvir essas palavras, não me contive e chorei copiosamente de emoção na nave do Johrei Center. Senti que aquelas palavras estavam sendo direcionadas a mim.
Foi como se Meishu-Sama tivesse me sentado a uma cadeira e dito: "Tenha paciência. Você está na profissão certa e ainda tem missão a cumprir. Eu estou cuidando de você e orientando-o."
Pouco tempo depois, ouvi outra experiência de fé ─ a de um seminarista. Quando ele era ainda bem jovem, antes de entrar para o seminário, não se fixava em nenhum emprego.
A situação se resolveu quando ele teve a ideia de trabalhar, imaginando que a empresa era um Johrei Center.
Então, passou a demonstrar mais respeito ao seu chefe, tal como fazia com o ministro, e a trabalhar com os colegas, demonstrando cortesia, conforme agia com os membros da unidade religiosa.
Da mesma forma, começou a enxergar os clientes como frequentadores e de primeira vez, cuidando deles com atenção.
Refletindo sobre essas experiências, reconheci que minha dificuldade de lidar com os alunos tinha a ver com minha visão limitada em relação àquelas pessoas.
Tomei a decisão de encarar o trabalho como uma forma de ajudar a construir o Paraíso Terrestre. Assim, passei a colocar em prática na sala de aula o que aprendia com as dedicações e com os Ensinamentos de Meishu-Sama.
Sem precisar falar em religião, eu transmitia aos alunos, além do conteúdo teórico, valores baseados no altruísmo e espiritualismo.
Com isso, eu desejava contribuir para a formação não somente de bons profissionais para o mercado de trabalho, mas, principalmente, de pessoas de bem, que fossem úteis ao próximo e à sociedade.
Minhas atitudes passaram a refletir humildade, tolerância e flexibilidade, o que me tornou um professor mais acessível. As notas dos alunos também melhoraram.
Após um ano, foi a minha vez de receber declarações dos alunos, que me mostraram estar no caminho certo.
Ao solicitar sugestões para o semestre seguinte em uma turma, todos os depoimentos foram elogiosos; dentre eles, o que mais me chamou atenção foi o de um aluno que me dera bastante trabalho.
Ele disse: "Professor, o senhor conseguiu prender nossa atenção durante o semestre, pois conseguia relacionar os assuntos abordados com os diversos campos da nossa vida. Muito obrigado!"
Foi assim que voltei a ter prazer e a me sentir verdadeiramente útil em meu trabalho.
Com a confiança que ganhei dos alunos, muitos deles passaram a me procurar ao se depararem com dificuldades.
Nesses momentos, eu os ouvia com amor e paciência e ministrava-lhes Johrei. Dessa forma, tive a permissão de encaminhar mais de 30 alunos ao Johrei Center, sendo que alguns deles tornaram-se membros da Igreja Messiânica e dedicam ativamente.
Hoje entendo que, quando passei a executar meu trabalho com o desejo sincero de tornar as pessoas felizes e de servir para a concretização do Paraíso Terrestre, encontrei a verdadeira satisfação e realização profissional.
Atualmente, reduzi a carga horária como professor universitário e ampliei minha atuação, passando a dar aulas particulares de Língua Inglesa e Comunicação pela internet. Dessa maneira, consigo atingir muito mais pessoas e transmitir-lhes a essência dos Ensinamentos de Meishu-Sama.
Sou extremamente grato a Deus e a Meishu-Sama pela permissão de transformar meu pensamento e sentimento por meio da atuação da Luz Divina.
Ao mesmo tempo, agradeço aos ministros e missionários que estiveram ao meu lado e me apoiaram durante essa caminhada.
Meu compromisso é, cada vez mais, levar o estilo de vida messiânico para a sociedade através da Educação, ligando as pessoas a Deus por meio dos Escritos Divinos e da prática do amor altruísta.
Muito obrigado.