
Na vida, o ser humano tende a prender-se à sua visão subjetiva. É fato que isso ocorre com frequência no universo feminino. Ser vítima do próprio subjetivismo é altamente perigoso. Isto porque ele - preso a suas convicções e considerando-as corretas - avalia o próximo de acordo com os próprios critérios, e as coisas não correm satisfatoriamente. Além de causar sofrimentos aos semelhantes, ele mesmo se aflige.
Por esse princípio, o ser humano sempre deve analisar-se objetivamente, isto é, deve criar dentro de si um "segundo eu", que o observe e o critique. Agindo assim, certamente não incorrerá em erros.
Há um episódio interessante que envolve Ruiko Kuroiwa , ex-diretor do antigo jornal Yorozu Choho e conhecido tradutor de romances. Ao mesmo tempo, ele era um pensador que eu ouvia com frequência. Citarei um trecho dele que muito me impressionou: "Ninguém nasce perfeito. Se o ser humano deseja verdadeiramente se aperfeiçoar, deve criar um 'segundo eu', o que se pode chamar de um segundo nascimento." Ainda hoje, sinto o quanto fui movido e beneficiado por essa teoria.
Por Meishu-Sama, em 18 de março de 1950
Coletânea Alicerce do Paraíso, volume 4
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¹ Pronuncia-se: Ru-i-kô Kuro-i-ua. O "Ru" é pronunciado como em uRUguai.
² Pronuncia-se: Tchôrrô.