Mostrei-lhe as flores e os galhos. Ele ficou fascinado e me perguntou para que eles serviam. Respondi que era para confeccionar arranjos florais e expliquei brevemente do que se tratava.
Seu interesse aumentou ainda mais, e ele chamou sua mãe. Ficou empolgado e mostrou a ela as flores. Após isso, conversamos mais um pouco e nos despedimos.
Fiquei refletindo sobre o fato, senti um desejo profundo de fazer uma vivificação e oferecê-la ao meu vizinho. Havia, para mim, um sentido espiritual para aquele encontro em frente de minha casa.
Coloquei muito amor no arranjo e levei-o para o rapaz. Ele ficou muito feliz com o presente. Voltei para casa e, alguns instantes depois, sua mãe tocou a campainha. Começamos a conversar, e ela perguntou o que era necessário para ingressar nas aulas de ikebana.
Fiquei muito surpresa com sua atitude e perguntei o que havia ocorrido. Contou-me que seu filho é muito desorganizado e bagunceiro. Seu quarto vive desarrumado e que sempre insistia para que ele o arrumasse e o limpasse, porém sem sucesso.
Quando ele recebeu a ikebana, entretanto, subiu e iniciou uma grande limpeza no seu quarto. Arrumou a cama e organizou os pertences pessoais. Tudo isso para poder colocar o arranjo em um local mais adequado.
Aquela mudança tocou muito aquela mãe, que sentiu um desejo genuíno de poder conhecer melhor a respeito da ikebana.
Matriculou-se no curso e, na primeira aula, ficou muito emocionada. Na ocasião, ela contou aos alunos a experiência que vivenciara com o filho.
Com esse fato compreendi que a verdadeira missão da flor é salvar pessoas, pois ela, por si só, transformou a realidade daquela família.
Agradeço a Deus e a Meishu-Sama a permissão de viver o Belo em cada dia da minha vida e levar felicidade e luz à humanidade por meio desta maravilhosa Coluna de Salvação.
Muito obrigada.