[...] Eu, através do princípio terapêutico que prioriza o espírito, atualmente venho alcançando resultados surpreendentes. As pessoas, presenciando os resultados positivos ocorridos diariamente e, sentindo-se realmente surpresas, têm afirmado que se trata de um grande milagre.

Se houver uma compreensão sobre o princípio da terapia centralizada no espírito, que não recorre a medicamentos ou a intervenções físicas, é natural e incontestável que a cura ocorra.

Nesta mesma lógica, nós ficaríamos realmente surpresos se uma terapia centralizada no corpo físico fosse capaz de promover a cura completa.

Não é que eu seja um crítico da Ciência; o que faço é apontar os equívocos da Medicina. Isso porque é imensurável o bem-estar que o progresso científico trouxe à humanidade. No futuro, é preciso fazer a Ciência desenvolver e avançar cada vez mais e, obviamente, desejar que ela evolua até se integrar à religião.

Aqui se encontra latente um fato importante que nos conduz facilmente ao erro. Trata-se da Ciência, que como em um passe de mágica, faz as máquinas trabalharem, tal como os seres vivos.

Na realidade, elas conseguem substituir até mesmo o ser humano. No entanto, isso não significa que seja possível tratar as pessoas – que são seres vivos – como máquinas. A razão disso, conforme afirmei no início, é que estas são destituídas de pensamento-vontade, de espírito, embora o ser humano os possua.

As máquinas, por ser uma matéria, quando sofrem avarias, podem ser consertadas com ferramentas, substituindo-se as peças, o óleo e demais componentes. Mesmo em se tratando de doenças que podem ser consideradas como avarias que surgem no corpo humano, simplesmente não há razão para que sejam curadas por máquinas e medicamentos.

O corpo humano não é exclusivamente matéria. O sangue, os nervos e as células vivas sofrem mutações e metabolismos constantes. Realmente, trata-se da incógnita X, um mistério surpreendente!

O ser humano não é uma existência material produzida pela Ciência. De fato, mesmo que se queira criá-lo, não há como fazê-lo. Portanto, trata-se da criatura que constitui o maior dos mistérios; um ser espiritual elevado, completamente diferente das plantas e dos animais.

Por Meishu-Sama – Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 6

Publicado em 15 de maio de 1936