SEGREDO DA FELICIDADE (Segunda parte)
[...] Muitos já me perguntaram: "Se Deus é amor e compaixão, não consigo entender por que permitiu ao ser humano praticar o mal e pecar para depois castigá-lo no Juízo Final.
Se, desde o início, Ele não criasse pessoas más, não haveria necessidade de julgá-las ou castigá-las, não é verdade?" Parecem-me observações que fazem muito sentido e eu penso da mesma forma.
Se eu tivesse criado o ser humano, poderia explicar facilmente. Uma vez que sou apenas uma existência criada, é óbvio que não consigo dar uma explicação definitiva.
Se, mesmo assim, eu tiver que oferecer algum esclarecimento a esse respeito, necessitarei recorrer à imaginação para tentar explicar a Vontade de Deus.
Portanto, vou deixar essa tarefa para quem tem tempo livre. O que importa para nós é a realidade, é ser feliz durante esta vida. Assim, antes de mais nada, o essencial é descobrir o método para alcançar a felicidade e praticá-lo. Como sempre venho afirmando, esse método consiste, basicamente, em fazermos os outros felizes.
Existe uma excelente prática que venho adotando há muitos anos, com resultados maravilhosos. Foi com o desejo de ensiná-la que redigi o presente texto.
Em suma, essa prática consiste em realizar o maior número de boas ações. Sempre que possível, procurar praticar o bem. Por exemplo, propiciar alegria ao próximo; pensando no bem-estar da sociedade, a esposa deve colaborar para que o marido possa trabalhar feliz, e o marido, por sua vez, deve ser amável e procurar dar-lhe alegria e tranquilidade.
É natural que os pais amem os filhos, mas devem fazer mais do que isso: precisam utilizar-se da inteligência superior, pensar no futuro deles e, sem ser opressores, fazer com que sintam prazer nos estudos e autêntica admiração e respeito pelos pais. [...]
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em 1º de outubro de 1949