Vivo para cumprir uma grande missão. Devo empenhar-me, com todas as minhas forças, na salvação do mundo. (Terceira parte)
Discorri sobre o meu ponto forte, mas também desejo referir-me um pouco ao meu lado fraco. Quando alguém me pede ajuda, desde que o pedido seja correto e justo, não consigo recusá-lo. Do mesmo modo, não fico indiferente ao ver uma pessoa bondosa sofrendo.
Em relação aos pontos errados do mundo, ao mesmo tempo que me sinto indignado, faço todo o empenho para que estes sejam corrigidos o quanto antes. Poderão comprovar essa realidade, observando meu esforço constante em apontar os erros da Medicina e em advertir a humanidade, na ânsia de diminuir, o máximo, seu sofrimento.
Como se fosse um hobby para mim, sempre senti prazer em alegrar o próximo, em ajudá-lo e desejar sua felicidade, almejando que tenha uma vida tranquila e cheia de esperança. Por um lado, isso se verifica pelo fato de o pensamento das pessoas se refletir em mim. Quando elas expõem seus problemas e sofrimentos, estes incidem sobre mim tal qual eles são e, consequentemente, eu também passo a senti-los.
Finalmente, vou voltar ao assunto propriamente dito, após ter-me desviado demasiadamente da proposta inicial.
Conforme afirmei, caso analisem os vários pontos que me diferenciam das demais pessoas, minha missão já se torna clara. Por conseguinte, vou sempre em frente, tendo como princípio a salvação da humanidade, cujo objetivo final é a criação de uma Nova Civilização.
Esta, em suma, vem a ser uma civilização espiritualista, alicerçada na religião, ou seja, trata-se do grande progresso da civilização religiosa em relação à material. Será a substituição da civilização material, que cria a infelicidade, pela civilização religiosa, que gera a felicidade.
Será o estabelecimento de uma religião poderosa, que aproveitará o máximo o progresso alcançado pela civilização material. Trata-se da completa transformação da civilização do mal em civilização do bem.
Por Meishu-Sama - O Pão Nosso de Cada Dia, vol. 1 - Poema 17
Publicado em 8 de agosto de 1951